Durante sua passagem por Portugal (janeiro de 2020), Melanie Martinez concedeu entrevista para o veículo de mídia SAPO, falando sobre as experiências de seus primeiros shows e o lado positivo e negativo de estar numa turnê mundial. Confira a tradução na íntegra pela nossa equipe:
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"Oi, eu sou a Melanie Martinez e estou aqui com a revista “Sapo”.
“Qual é a melhor lembrança que você tem do início da sua carreira?”
Acredito que sempre foi muito especial fazer shows quando eles eram mais íntimos. Quando eu fazia shows acústicos, todo mundo ficava bem quieto, eu apenas cantava as músicas que tinha escrito quando tinha 14 pra 16 anos, sabe? Então, algo naqueles shows os tornavam muito mágicos, porque a sala inteira está em silêncio, dá para ouvir uma agulha caindo no chão, e você está no momento, tocando violão, cantando, se sentindo muito emotiva, é incrível. E agora eu consigo dançar e fazer todas essas coisas divertidas, as quais eu aprendi, é muito bom, mas tocar naqueles shows, no início da minha carreira, é muito especial para mim.
“Como você descreve o seu álbum K-12?”
K-12 é... quero dizer, há varias emoções, há diversas histórias dentro dele, eu queria muito escrever sobre diferentes personagens e expandir o mundo da Cry Baby, apresentar essas novas pessoas, as quais estavam lidando com diferentes obstáculos em suas vidas; outras pessoas podiam escutar e se identificar, coisas que eu não, necessariamente, passei pelo mesmo, mas sei que diversas outras pessoas pelo mundo passaram. Então esse era um dos meus objetivos, escrever sobre assuntos que as pessoas se sintam conectadas e possam se curar.
Acho que a melhor parte de estar em turnê, especialmente essa, para mim, é de ter mais pessoas junto comigo na estrada, os dançarinos são pessoas incríveis. Me cerco de pessoas tão positivas, elas pensam constantemente em como podemos melhorar a conectividade entre todos nós, sabe? Progredir como pessoa, e também progredir em conjunto, como uma equipe. Eu acredito que é muito importante se cercar de pessoas positivas e o fato de eu me cercar de pessoas positivas na turnê é muito importante para mim, sabe? E também ver as pessoas ao redor do mundo se conectarem com a música e a arte é muito empolgante.
A pior parte da turnê, é que eu acho que é muito cansativa, fisicamente, emocionalmente e mentalmente. É muito trabalhoso ter que se apresentar constantemente, todas as noites, e quando você tem um dia de folga, você não quer fazer nada nada, porque você já faz tanto nos dias de apresentação, que o seu corpo fica tão cansado e exausto. Para mim, pessoalmente, que sou tão apaixonada pelo processo criativo: amo criar, ficar em casa, me sentir confortável, criar músicas, criar clipes, escrever um filme, coisas desse tipo; me fazem muito feliz, eu não tenho muito tempo pra fazer essas coisas quando estou em turnê, isso pode acabar sendo muito depressivo para mim. E, como eu disse, me cercar de pessoas positivas em turnê é muito significativo.
Não, eu não consigo imaginar a minha vida sem a música. É impossível, sabe? Eu acho que várias pessoas, mesmo que você não seja um cantor, a música é algo tão crucial para a vida das pessoas, independente se elas escutam muito ou não. Você está viajando e escuta algo no rádio, isso te afeta de algum jeito, talvez emocionalmente, sabe? A música pode fazer muito, pode curar as pessoas, pode fazer você chorar, há tantas coisas que a música pode provocar, eu acredito que ela é muito importante. É isso."
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Tradução: Chris.
Revisão: Isa.
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