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ENTREVISTA: Melanie Martinez relembra como era na escola e mais (TRADUÇÃO)


Reprodução: littlebodybigheart (Instagram)


Essa é uma daquelas entrevistas bem "gostosinhas" de ler, repleta de curiosidades da arte de Melanie e também de sua infância, saiba o que a artista tem a dizer sobre seu show virtual, seu próximo álbum, infância e mais na mais recente entrevista para a Hollywood Life, traduzida pela equipe  do Daily na íntegra:

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        Melanie Martinez está finalizando a era K-12 com uma bomba: O álbum 'K-12' da cantora de 25 anos estreou em 3º lugar na parada 200 da Billboard em setembro de 2019 e foi acompanhado por um longa-metragem (com Melanie estreando direção de filmes) que trouxe mais de 71 milhões de visualizações em seu canal no YouTube um ano depois. Já que Melanie não conseguiu completar o trio perfeito de realizações para seu segundo álbum (que teria acontecido com o resto de sua turnê mundial que foi cancelada devido à pandemia), Melanie se preparou fazendo o que ela faz de melhor: planejar uma grande produção. Um exemplo disso é seu show de streaming global, 'CAN’T WAIT TILL IM OUT OF K-12', um show ao vivo transmitido em todo o mundo a partir de 17 de dezembro.

“É meio que o último grito para mim, para a banda e os dançarinos”, disse Melanie EXCLUSIVAMENTE ao HollywoodLife antes do show, que será transmitido em quatro fusos horários. “Nós iríamos sair em turnê durante o verão e era para ser a maior turnê que já fiz até agora... mas por causa do corona, não conseguimos fazer isso. Portanto, é muito empolgante que possamos estar juntos.”


 Melanie brincou que os fãs podem esperar “transições realmente especiais” para cada uma das 13 faixas do álbum K-12, incluindo performances de seu novo EP After School, que saiu em setembro de 2020. “Eu dei atenção especial a cada música individualmente com meu coreógrafo, Brian Friedman, certificando-se de que a história estava sendo contada a cada música e coreografia, até mesmo com os visuais e os figurinos ”, revelou a ex-The Voice. Você também pode esperar uma experiência muito diferente dos shows ao vivo de Melanie antes da pandemia.


“Então, estamos mudando um pouco as coisas, eu realmente queria tornar a história nova e fresca”, disse Melanie ao HollywoodLife. “Então eu acho que as pessoas podem esperar algo diferente do que viram na turnê, roupas e coreografias, tudo mais. Na verdade, me sinto em turnê, me concentrava menos no canto, porque estava muito focada na coreografia.” Enquanto Melanie promete que ela e seus dançarinos ainda estão entregando "muitas danças", a cantora de "Play Date" estará "principalmente focada" em "cantar em todos os aspectos da música", uma vez que é "muito difícil fazer isso e dançar ao mesmo tempo." Para se preparar, Melanie passou por seu próprio treinamento de canto, que envolveu a mudança de “fumar maconha” para alternativas amigáveis ​​à voz, como comestíveis, fazendo aulas de canto diárias e treinando todos os dias.


No geral, Melanie prometeu uma “performance visual realmente espetacular” para este “evento comemorativo”. E não é o único projeto empolgante que ela está preparando. Ela está trabalhando em dois projetos, na verdade; Melanie revelou que está criando ao mesmo tempo seu terceiro álbum de estúdio e o roteiro de seu filme que acompanhará este novo álbum (que marcará o segundo longa-metragem de Melanie). “Portanto, dessa vez é um pouco diferente, porque eu escrevi algumas músicas para o álbum até agora, mas não sei se elas estão definidas ainda”, compartilhou Melanie. “Eu realmente quero continuar escrevendo ao longo de 2021. Quero focar em fazer desse álbum, algo que me deixe orgulhosa, porque é um tipo de conceito ambicioso. Eu não quero revelar o que é, mas é, definitivamente, um grande projeto.”


Mesmo assim, Melanie deu alguns detalhes, por exemplo, ela revelou que o segundo filme vai "retomar" de onde o primeiro "parou", o que foi um momento de angústia: a personagem de Melanie hesitou diante da porta na cena final, dividida entre se juntar aos seus colegas ou ficar no K-12 do qual todos eles tentaram desesperadamente escapar durante o filme. Os espectadores não sabiam que a escolha a Melanie acabou fazendo, bem, não ainda.


“Você não vai ver como uma cena de K-12,” Melanie esclareceu. “No próximo filme, não será esse tipo de retomada, mas tecnicamente será retomada de onde parou... Estou pensando em como fazer essa conexão entre os filmes de várias maneiras. Vocalmente, estou, definitivamente, tentando coisas diferentes que eu normalmente não faria... Estou saindo da minha zona de conforto com este próximo álbum.” Melanie também está ansiosa para ser "mais confiante" em seu papel de diretora dessa vez, depois de admitir que "faltava muita confiança, antes da experiência K-12".


Melanie também está aplicando essa confiança recém-descoberta em seu roteiro. “Embora eu tenha escrito um roteiro para o K-12 e sabia o que esperar ao escrever um roteiro, sinto que desta vez é muito diferente.”, disse Melanie. “Estou tentando fazer as duas coisas ao mesmo tempo, o que tem sido muito difícil. Eu gosto de escrever o roteiro, às vezes escrever músicas... Então, eu não sei exatamente quanto tempo vai demorar.” Melanie esperava que, com sua experiência em escrever o roteiro do K-12, seu segundo filme saísse “mais cedo” do que o primeiro (um projeto no qual levou cerca de quatro anos para ser concluído).


É fácil entender por que Melanie teve que aprender a dirigir, o longa-metragem de uma hora e meia estava repleto de videoclipes e lindos visuais em tons pastel contrastados ​​pela cenas pesadas filmadas em Budapeste, que seguiu a história cronológica da personagem de Melanie em um internato (a manifestação física de "K-12") enquanto explora sua consciência e encontra amigos com poderes semelhantes, que trabalham juntos para escapar do sistema opressor. Melanie compartilhou mais detalhes divertidos sobre o filme no restante de sua entrevista com a HollywoodLife:


HollywoodLife: Eu queria falar sobre seu filme para o K-12. Percebi que os fãs realmente gostaram do fato que você não amenizou a abordagem de vários tópicos como bullying, racismo, discriminação contra pessoas trans e muito mais. O que a levou a escrever e executar cada um dos tópicos que você debateu?


Melanie Martinez: Apenas observando o mundo e percebendo o quão fodido ele é… Quando eu era mais nova, costumava assistir muito Law & Order: SVU, esses tipos de programas. Isso simplesmente abriu meus olhos para o mundo, porque [eu estava] muito protegida e isolada na casa dos meus pais, eu pintava o dia todo e só tinha uma melhor amiga, apenas escrevia música, sabe... além de estar crescendo e digo por experiência própria, que depois de deixar a casa dos meus pais, vi como o mundo e a indústria da música se relaciona com o mundo em geral e como todos os campos se conectam nesta hierarquia do sistema: há pessoas realmente poderosas no topo com privilégios, há sempre as minorias por baixo, sendo oprimidas. É esse tema constante que vejo em todos os setores, em todas as áreas da vida. E eu acho que, particularmente, com o K-12, era como se eu achasse que a escola era a melhor maneira de descrever esses sistemas e estruturas em que todos vivemos, porque a escola também é um desses sistemas e pode ser facilmente relacionada à indústria da música ou a qualquer indústria nesse sentido. Então, sim - adoro criar metáforas e analogias para as coisas e expressar um tema ainda abrangente ou um tópico maior que seja mais detalhado e que tenha relação com o mundo real. Acho que é importante falar sobre o que é desconfortável, ​​porque passamos por muitas coisas na vida. E é bom ter certeza de que as pessoas têm algo com que possam se identificar, especialmente na música pop, onde sinto que é meio que uma espécie de cobertura de açúcar.


No filme, você também forma um grupo de amigos que possuem poderes mágicos e fala sobre ter várias vidas. Eu não acho que você já declarou diretamente o que todos vocês eram, mas eu sinto feitiçaria e vibrações de fadas. Isso era para ser ambíguo?


Era para ser ambíguo... Nossos olhos ficando pretos e nós tendo, tipo, esses superpoderes mais reflexivos - é como uma espécie de metáfora visual para consciência, ser aberto e ter empatia com o mundo, ser compreensivo, ter amor próprio, ter amor pelas outras pessoas, ser uma pessoa atenciosa que quer melhorar a si e quer fazer parte da melhoria do mundo.


Outra coisa que eu amei foi que havia muitas imagens de terror no filme: membros cortados, tripas, tudo isso. O que você acha que esses elementos visualmente chocantes trouxeram para o filme?


Eu realmente amo o contraste entre claro e escuro e tipo, do muito bonito ao sangrento… Eu amo esses contrastes. Eu sinto que qualquer coisa que tenha um contraste oposto se encaixa... Você não pode ter o bem sem o mal ou ter a luz sem escuridão, não pode ter nenhuma dessas coisas sem a outra. Então, acho que é importante incorporar os dois sempre, esse foi o meu raciocínio por trás de querer ter certeza de que esses momentos da arte crua ainda estejam ali - você sabe, esses tipos de coisa nojenta... é algo que gosto de fazer até mesmo com a minha música.


Como você escolheu quem faria os maiores papéis no filme, de Angelita a Celeste, para  o restante na sala de aula? E podemos esperar que algum dos personagens (ou os atores e atrizes que os interpretaram) retorne para seu próximo filme?


Então, não sei se quero divulgar essa informação ainda. Mas direi a forma como escolhi alguns personagens... Então, Angelita foi interpretada por Emma [Harvey], que é uma das minhas melhores amigas. Então foi meio fácil, porque eu meio que já sabia que a colocaria no filme. Nós conversamos sobre isso e eu pensei, 'Ela seria tão perfeita para esse papel' e também, eu adoro a ideia de trabalhar com meus amigos e poder ter esse contato natural, que não é forçado. Não fica estranho, como quando você está falando com alguém que você não tem uma conexão - como se vocês não fossem amigos na vida real.


Eu não conhecia nenhum dos outros personagens antes da pré-seleção, exceto Emma. Mas sim, quando os conheci durante a seleção, foi engraçado, porque eles haviam enviado as fitas da primeira sessão de elenco e quando assisti as fitas, eu soube imediatamente quem iria interpretar quem, mas os produtores disseram ‘Você tem que ver mais pessoas para fazerem as audições. Você não pode simplesmente escolhê-los e pronto. Você tem que ver como eles são pessoalmente’. E eu sentia tipo ‘Mas eu sei que serão eles.’

E é engraçado, porque eu voltei para o retorno das audições e acabei escolhendo as mesmas pessoas que eu havia escolhido antes. Eu simplesmente tive esse tipo de sentimento intuitivo, como um pressentimento sobre cada personagem. É interessante, porque eu escrevi certos personagens para serem como signos astrológicos específicos, e eles acabaram sendo exatamente esse signo. Então eu acho que é provavelmente a parte mais estranha, a parte mais densa. Quando todos nós viajamos para Budapeste, foi quando realmente começamos a sair para passear juntos pela primeira vez... nós sentimos que havia algum tipo de vida passada conectando todos nós. E parece ter sido muito destinado. Há tantas sincronias que todos nós vimos e sempre falávamos sobre isso. Então foi, eu não sei, foi um momento e uma experiência realmente empolgante. E embora fosse estressante, era bom que todos nós tínhamos um ao outro.


E como era a Melanie Martinez quando ela estava passando pelo K-12?


Eu era muito introvertida, o que ainda sou. Eu não tinha muitos amigos. Mas eu tinha alguns amigos aqui e ali. E definitivamente me dava bem com um monte de diferentes grupos de pessoas. Quando olho para a minha experiência escolar, penso em como tive experiências com tantos grupos de pessoas diferentes. Mas eu sempre fui uma pessoa singular, só meio que vagando, eu sempre passava muito tempo na sala escura, na minha aula de fotografia, ou na sala de arte, apenas pintando ou tirando fotos ou qualquer coisa, como se fosse tudo o que eu sempre me importei. Eu levava o meu violão às vezes para certas coisas... eu me lembro no ensino médio, quando vinham com "Oh, você tem que escrever uma resenha desse livro", Eu ficava tipo: "Posso escrever uma música sobre ele?" e eu entrava e tocava uma música que escrevi sobre este livro que tinha que ler. Foram coisas assim. Eu sempre estava muito focada em tentar criar algo, porque essa era a minha maior paixão. E eu sabia que era isso que eu queria fazer.


Você disse que era introvertida e lidava com agressores anos atrás, e agora, em contrapartida, você está no topo. Seu filme K-12, acho que tem mais de 70 milhões de visualizações no YouTube e seu mais recente clipe, “The Bakery”, foi um vídeo número um no YouTube. Como é estar no topo agora?


Sinto-me como se olhasse para a minha vida agora, do jeito que eu fazia quando era criança. Quando eu era criança, passei muito tempo em casa pintando e escrevendo música. E isso é exatamente o que eu faço agora, mas agora é algo que posso sustentar, posso sobreviver com esse estilo de vida, o que é realmente emocionante, já esse era o meu objetivo quando criança. Eu só queria poder fazer isso pelo resto da minha vida. É bom sentir que estou finalmente confortável em um lugar onde eu tenho minha história montada de uma forma onde posso criar e ganhar a vida disso... Eu estou tentando ser presente e fazendo isso é realmente apenas sobre você percebendo as coisas que é grata, o que é incrível. Eu tenho um teto sobre minha cabeça, eu tenho uma família incrível que é super encorajadora e solidária e sempre foi, amigos incríveis que são todos como minha fortaleza. Eu tenho muito apoio. Isso é realmente tudo o que me importa. Então eu não sei, tipo, eu sou super grata. Estou muito agradecida, 2020 foi um ano tão tumultuado e finalmente estamos no final dele, é como perceber que temos que ser gratos e ficar perto de tudo isso.


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Matéria original: Leia aqui.


Tradução: Kenny, João, Maria e Itala.
Revisão: Isa.

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