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PORTALS E VOID | Melanie Martinez em entrevista para Audacy Music

A artista talentosa, conhecida por sua abordagem única e visualmente deslumbrante, mais uma vez nos leva a um mundo repleto de imaginação e narrativas envolventes. Com seu estilo peculiar e uma sonoridade cativante, Melanie Martinez certamente entregou um trabalho que não decepcionará os seus fãs leais e conquistará novos ouvintes. 

Portals, o novo álbum de Melanie Martinez mostra o lado mais maduro da vida da artista, fechando a trilogia que iniciou com Cry Baby e foi continuada pela narrativa surrealista de K-12. Para promover o novo álbum, Melanie vem aos poucos concedendo entrevistas para mídia, dessa vez, Melanie falou com Audacy Music. Confira a tradução na íntegra feita pela nossa equipe:



Entrevistadora: Sou Julia, estamos fazendo uma entrevista com a Melanie para a Audacy. Estou empolgada por estar nessa era com a criatura na terceira parte da trilogia, que é o Portals, e tudo que engloba. 

Melanie: Estou muito feliz por estar aqui, e sim, estar nessa era é muito divertido, poder estar na personagem e criar arte que me orgulha.

O álbum foi lançado há pouco mais de um mês, parabéns! Já temos a versão deluxe também. Como você está se sentindo agora que o álbum foi lançado e você está vivendo na era de Portals?

É ótimo para mim, porque é o primeiro álbum que não superei rapidamente, estou me sentindo muito conectada. Eu mudo muito rápido, me sinto uma nova pessoa cada semana que passa, tento ser uma pessoa melhor, melhorar meu lado criativo. Cry Baby e K-12 eram mais focados na minha infância e fase crescimento, já passei dessa fase, porque agora sou adulta. Bom, K-12 era sobre minhas experiências escolares, mas já estou fora da escola, então estava falando de algo do passado, muito daquilo já não retratava minha realidade.

Esse álbum (PORTALS) é o álbum que mais me senti conectada com minha música e acho que sempre me sentirei assim, como humana, posso me identificar com alguém que é imortal e está aprendendo e se desenvolvendo durante a vida. É sobre isso que o álbum trata. Claro, o tema é sobre a pós-vida, indo da morte até o nascimento, mas a mensagem é que estamos interconectados com todos do mundo e estamos aqui para aprender e crescer uns com os outros.

Bem, parabéns por todo o sucesso de “VOID”, estou obcecada pela música, adoro como ela é dinâmica, agora que foi lançada e está indo tão bem, como você se sente sobre isso? Se a música se sai muito bem, você a ama mais ou você meio que enjoa?

Não, eu amo “VOID”! Na verdade é minha música favorita, foi lançada e é algo que escrevi e produzi completamente sozinha, foi a primeira vez que produzi uma música sozinha. Sempre fui muito sincera sobre o que eu quero na produção e trabalhar com os produtores de perto é tipo “Deixe-me diminuir essa guitarra, ou essa linha de piano.” e até mesmo “tire isso, adicione isso”.

Mas, na verdade, sentar e ficar sozinha em uma sala, trabalhando na faixa por conta própria é uma coisa completamente diferente e foi muito intimidante no começo, mas ser capaz de conseguir fazer, realmente me fez ter esse apreço pela música que não acho que tenho pelas outras [músicas], é algo que veio de mim e do meu coração.

Então, eu amo que VOID é a que as pessoas estão mais se conectando, porque para mim foi muito libertador criá-la para expressar meus sentimentos de ansiedade e lidar com esse sentimento de solidão. Fico feliz que esteja sendo tocada no rádio, porque pode alcançar pessoas que realmente precisam dessa mensagem também, que precisam desse conforto em saber que não estão sozinhos naquele sentimento.




Bem, como fazer você se sentir tão confiante em si mesma como produtora? As pessoas estão amando tanto, a produção é incrível, você deve se sentir bem, é tão dinâmico.

Obrigada, eu fico muito grata. Eu estava só experimentando e ouvi aquelas notas de baixo na minha cabeça. 

Na verdade, eu estava do lado de fora de uma loja, saí rapidamente para gravar um trecho meu cantando a nota de baixo e, três dias depois, fui para o estúdio da minha casa, na sala que eu chamei de “Sala dos portais”, onde escrevi a maior parte do álbum e diminuí a nota de baixo e procurei incansavelmente pelo baixo certo, porque eu não toco baixo, então eu estava procurando por um programa de bases que senti, de verdade, que conectou comigo e deu a energia como um tipo de vibração baixa e estrondosa e foi isso que preparou a música inteira e então comecei a ter a melodia do refrão explodindo na minha cabeça e comecei a cantar. 

Eu estava cantando, chorando e fiquei com a sensação de “Ah, é tão bom cantar!”, então fico muito animada com essa música, porque é a minha favorita do álbum, de verdade.

Eu amo ela. Eu ia te perguntar qual era sua favorita, mas isso responde a pergunta. 

Com certeza é a minha preferida.

Você tem uma segunda favorita?

Hummm, “THE CONTORTIONIST” talvez. Tipo, eu adoro todas do álbum, mas acho que THE CONTORTIONIST tem uma dinâmica incrível também e eu amo o efeito sonoro dos ossos quebrando e essas coisinhas diferentes.

Eu amo criar músicas que dão uma sensação visual completa, sabe? 

Você já experienciou alguma situação estranha em uma produção, tipo “Como as pessoas fazem isso?” “Onde eles vão fazer esses barulhos estranhos?” e de alguma forma isso faz a música?

Com certeza! Muitas vezes. Mesmo que muitas delas fossem no estilo freestyle, sabe? É o modo que eu e CJ Baran, que foi quem produziu a maior parte do projeto, e estávamos nesta vibe de freestyle e experimentando coisas aleatórias e diferentes, tipo, distorcendo minha voz e colocando-a no instrumental, como em "THE CONTORTIONIST", já que a risada que eu faço se torna parte do refrão, e este é um exemplo de coisa que fizemos neste estilo freestyle e pegando o que queríamos naquele exato momento. 

Nunca se sabe quando vamos ter essas ideias então, é uma maneira divertida de criar música, e honestamente estou muito empolgada para gravar o próximo álbum, porque eu amo fazer música e acaba sendo muito divertido.

De novo, parabéns por tudo. Estou animada com essa nova era e animada também para esse show, acho que será incrível!

Sim, sempre é muito divertido, tenho umas coisinhas legais planejadas, não posso contar, mas será todo um mundo ganhando vida.

Certamente será bem visual. Como tudo começa? Como um quadro visual?

Eu costumo escrever ideias diferentes que vêm para mim. Posso estar em um carro, ou algo do tipo, e ter uma ideia bacana, nisso eu escrevo e elaboro. Geralmente eu sou o tipo de pessoa que tem tipos diferentes de abordagens criativas, como design de roupas, escrever tratamento de vídeos e direção, esse tipo de coisa. Quando tenho prazo para algo, sento e foco no que preciso, para ter a narrativa completa do que exatamente eu quero, então faço tudo em PDF. Amo demais!

Amo ver como você é envolvida, de verdade, é fascinante. 

Obrigada, é divertido para mim, é o meu emprego dos sonhos poder criar de diferentes formas.

De novo, muito obrigada, mal posso esperar pelas coisas que estão por vir. Parabéns por “Void” e “Portals”.

Muito obrigada.

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Tradução livre: Isoqueira, itsme.domingues, kmnnedy.


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