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ENTREVISTA: Curiosidades, arte e planos para o futuro - Melanie Martinez para a Billboard. (TRADUÇÃO)

 

Fotografia: Jacqueline Molina

Recentemente, Melanie Martinez lançou seu EP "After School", um braço de sua obra completa "K-12" lançada há um pouco mais de um ano (6 de setembro de 2019). Em entrevista com a Billboard, Melanie contou sobre a experiência de criar seu longa K-12, falou sobre After School e até mesmo curiosidades de sua vida pessoal. Confira a tradução na íntegra pela nossa equipe:

 

Qual foi o primeiro álbum que você comprou para si mesma?

Quando eu tinha uns 16 anos, comprei uma vitrola e alguns discos de vinil com o meu próprio dinheiro. Alguns desses álbuns foram dos seguintes artistas: CocoRosie, Neutral Milk Hotel, Patsy Cline e Fleet Foxes.

Qual foi o primeiro show que você assistiu?

Eu assisti a Florence + The Machine com um amigo que tinha um par de ingressos, mas os primeiros dois shows no qual eu comprei o ingresso foi CocoRosie e Lily Allen.

Como os seus pais moldaram o seu gosto pela música?

Minha mãe não escutava muito música quando eu era mais nova, mas o meu pai tocava uma ampla variedade de músicas dentro de casa. Ele amava R&B, Hip-Hop, Rock, cantores-compositores, também pop e artistas latinos. Me inspirei muito em tudo o que ele tocava. Sempre havia algo que eu gostava dentro de um dos gêneros. Acho que é por isso que a minha música é uma mistureba de diferentes influências de quando eu era mais nova, tanto quanto as músicas que eu gostava de ouvir lá pelos meus treze aos dezoito anos, como Fiona Apple, Regina Spektor e Bjork.

Quem fez você se tocar que poderia ter uma carreira como artista?

Meus pais me encorajaram muito desde o começo. Meu pai sempre quis aprender a tocar violão, mas nunca tirou um tempo pra aprender, então quando mostrei interesse em música, ele me deu um violão e aprendi sozinha assistindo diagramas de acordes na internet e também tutoriais no YouTube. Minha mãe sempre me encorajou a escrever poesias, a pintar ou fotografar. Eu acho que é por isso que eu me tornei tão obcecada pela arte e pela música, porque era só isso que eu fazia. Eles me deixavam tocar violão até às seis da manhã caso eu quisesse, porque eles entendiam que a inspiração me atingia em diferentes horas devido a diferentes pessoas.

O que está no topo da sua lista de desejos profissionais?

Terminar de escrever o roteiro do meu próximo filme, terminar de escrever o meu próximo álbum e um livro de poesias e fotografias, criar uma linha de roupas.

Como foi que a sua cidade natal moldou quem você é hoje?

Já que eu era bastante infeliz lá, então isso me fez ter mais paixão pelo meu propósito na vida, assim eu poderia sair daquela cidadezinha e viver, realizar todos meus sonhos criativos.

Qual foi a última música que você escutou?

“I know” da Fiona Apple.

Se você pudesse ir ao show de qualquer artista, vivo ou morto, quem seria?

Bjork ou Fiona Apple.

Qual foi a coisa mais louca que você já viu acontecer em uma multidão de pessoas em seus shows?

Alguém teve um ataque epilético uma vez, bem no fim do meu show. Então eu parei tudo para que eles pudessem buscar a ajuda médica e mandei todo mundo ir para casa.

Como é que a pandemia tem te afetado criativamente nesse ano de 2020?

Eu estive passando por um bloqueio criativo de composição, já faz um mês mais ou menos. Estou finalmente saindo dessa. Mas quando se trata de criar visuais para os meus filmes/ clipes musicais, tenho me sentido muito bem criativamente falando, minha criatividade é infinita. Algo em passar bastante tempo em casa e longe de pessoas tem me dado sede de aprimorar meus esforços criativos.

O que te fez lançar o EP After School como um acréscimo ao K-12?

Eu comecei a escrever o After School em 2017 com a intenção de se conectar ao K-12 como uma coisa bônus, mas eu continuei a compor e assim as três músicas que eu estava querendo lançar se tornaram um EP de 7 faixas. 

Como você descreveria as sete músicas do After School em relação à sua evolução artística?

O EP After School tem elementos sonoros do K-12 nele, também há elementos das novas músicas que ainda irão ser lançadas. Ele é meio que uma peça de transição, que é muito mais pessoal e não tão presa a Cry Baby. É um marco do meu crescimento na vida. É como se eu estivesse em uma ponte conectando o meu eu antigo, com o meu novo eu, entendendo que o que se encontra do outro lado da ponte é um território novinho.

Como foi o processo de criação do clipe de “The Bakery”?

Eu fiz um storyboard primeiro, desenhando o clipe inteiro, aí mandei pra minha gravadora, a Atlantic Records. Eles aprovaram o orçamento, então eu e o produtor, Seth Josephson, começamos a trabalhar em todos os mínimos detalhes que precisávamos, para que pudéssemos executar tudo com perfeição. Nós trocamos idéias com a Kendra Bradanini, a diretora de set, sobre os detalhes de cada ambiente, para que tivéssemos certeza que eles se apresentassem dentro do orçamento, porém ainda lindos. Eu fiz o design das roupas usadas no vídeo e isso não quer dizer só desenhar elas, mas também achar o tecido correto, que iria segurar certas pregas ou ser estrutural o suficiente para manter a forma de vieira que eu precisava, levar tais tecidos a uma loja para que eles fossem tingidos, procurando incessantemente no centro da cidade pelos enfeites, fitas, pérolas, pingentes de ouro e corrente certos que eu precisava amarrar e costurar à mão nos enfeites que dei a Karina Malkhasyan, a costureira, para aplicar.

Eu sentei com o Brian Firedman uma noite e mostrei para ele os movimentos de dança que eu estava pensando em incluir no vídeo e ele me ajudou a aperfeiçoar certos momentos, como a parte em que eu abro uma ponte. Scott Hove veio e fez essa espada épica que parece um bolo e para opinar no design do barco. Eu dirigi o clipe e depois tive que rapidamente editá-lo e finalizá-lo. Depois me enviaram o vídeo com cada vez mais edição graças aos efeitos especiais que eram adicionados em cada envio, então eu aprovava algumas coisas e alterava outras até que finalmente chegamos no resultado final. Por último fizemos uma correção de cores em tempo real com nossos computadores, que se trata sobre entrar em detalhes em cada frame, mudando a cor de todo e qualquer detalhe que não se encontra dentro da nossa paleta. Até que o lançamos três dias depois.

Isso tudo foi um pouco mais de um ano do lançamento do K-12, como você olha para o projeto?

Eu sou incrivelmente grata pelo meu bebê, o K-12. O processo de passar dois meses cuidando da pré-produção, dirigir uma filmagem de 31 dias em Budapeste, sem dormir, acordar às três da manhã, duas horas de remoção das minhas tatuagens com maquiagem todos os dias, tendo que lidar com homens querendo passar por cima de mim e me diminuir dentro do set, conquistando amizades genuínas com o elenco, ganhando autoconfiança como diretora, atriz e dançarina. Por fim, ter aprendido esse tanto de coisa me fez determinada para realizar tudo de novo, mas de uma forma diferente. Eu mal posso esperar para aplicar tudo o que aprendi na próxima vez.

O que os fãs podem esperar de suas músicas que estão por vir?

Uma dimensão completamente nova do mundo que criei até agora.

 

Quais as músicas que mais gosta de cantar no karaokê?

Eu realmente não sou de karaokê, mas se eu fizesse um dueto com um amigo eu escolheria “The Boy is Mine” por Brandy & Monica. Se eu fosse cantar sozinha, provavelmente escolheria uma canção da Fiona Apple.

 

Qual é a sua canção e filmes que fazem você chorar?

Canções que me fazem chorar:

“Lark”, Angel Olsen

“Love Ridden”, Fiona Apple

“Like Someone in Love", Bjork

 

Filmes que me fazem chorar:

Up

Room

Eternal Sunshine of Spotless

 

Qual é a coisa que nem seus fãs mais devotos sabem sobre você?

Sou a pessoa mais crítica de mim mesma. Tiro minhas cutículas quando estou ansiosa, tenho que segurar meu nariz quando nado embaixo d'água, adoro thrillers psicológicos e filmes de terror, mas se houver sangue demais, fico enjoada, porque sou uma pessoa muito sensível.

 

Se você não fosse cantora, o que você seria?

Provavelmente as outras coisas que eu também faço (risos): designer, fotógrafa, diretora de filme, leitora de cartas de tarot.

 

Qual é um conselho que você daria ao seu eu mais jovem?

Se esforce para aprender espanhol ou vai acabar se arrependendo.

 

 Entrevista original aqui.

 

Tradução: Chris e Kenny.

Revisão: Isa.

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