Melanie Martinez e seu parceiro para todas as horas, o produtor Michael Keenan concederam juntos uma entrevista para o quadro "TikTok Summer Songwriting Academy" para a After-School All-Stars, os dois conversaram com o entrevistador Bill Werde, por mais de 50 min, sobre produção e processo criativo artístico, uma entrevista que soma muito para todo criador de conteúdo seja qual for a área. Confiram a tradução completa pela nossa equipe:
(Nota: Estamos a procura de colaboradores para ajudar o Daily a legendar essa entrevista em vídeo. O software necessário é o Adobe Premiere, interessados devem ter conhecimento básico do programa e nível básico da língua inglesa. Estamos com nossa DM aberta para quem tiver interesse no nosso instagram. Precisamos de vocês, com amor, Daily.)
Bill Werde: Bem-vindos de volta, pessoal. Estamos aqui com o próximo episódio da série “TikTok Summer Writer”, estou muito animado, porque hoje temos aqui, Melanie Martinez, uma cantora e compositora e o Michael Keenan que vem sendo o seu produtor chefe de seus dois grandes álbuns já lançados e esteve com ela desde o início da carreira.
Eu sou o Bill Werde, diretor do programa “Bandier” para a academia da música e entretenimento, na universidade de Syracuse, e toda essa experiência faz parte do programa “After-School All-Stars”, uma organização maravilhosa que trabalha com estudantes e comunidades de baixa renda, que lhes fornece todas as oportunidades que eles merecem e precisam. Então hoje além de poder falar com todos os seus fãs, Melanie e Michael, nós também iremos falar com ótimos alunos.
Melanie: Estou muito animada.
Bill Werde: Eles estão ansiosos para ouvir toda a sabedoria que vocês têm para dividir, as informações internas da indústria que podem contar, e provavelmente algumas histórias divertidas que têm sobre os bastidores de seus grandes hits o qual já conhecemos muito, principalmente se estamos prestando um mínimo de atenção no TikTok, e é claro que estamos. Então sejam bem-vindos.
Michael: Obrigado, isso é muito legal.
Melanie: Sim, nós estamos muito animados de estar aqui.
Bill Werde: Excelente, excelente. Então vamos começar, Play Date agora é uma das maiores músicas do TikTok, que é uma das maiores plataformas de música no mundo todo, então, logo você tem uma das maiores músicas do mundo com “Play Date”, na minha opinião. Quando vocês decidiram fazer essa música, vocês tinham alguma ideia disso? Vocês a incluíram como uma faixa bônus do seu primeiro álbum.
Melanie: Sim, isso diz muito, né?
Bill Werde: Não me parece que você imaginava que iria se tornar o seu maior single.
Melanie: Não. Honestamente, foi uma grande surpresa, ainda mais cinco anos, sabe? Foi muito inesperado, mas eu sou muito grata que as pessoas se conectam com essa música nos tempos de hoje. Essa é uma das minhas músicas favoritas, eu e o Michael sempre a amamos.
Michael: Sim.
Melanie: Mas sentimos que ela deveria ser uma faixa bônus no “Cry Baby”, pela a história, do que na versão comum do álbum.
Bill Werde: É tão linda, e ela tem um som tão único, eu acho que muitas de suas músicas tem, e são classificadas muitas vezes como Pop Alternativo, que é uma dessas categorias, você sabe o que isso significa? Quando as pessoas chamam suas músicas de Pop Alternativo?
Melanie: Não, nós falamos disso o tempo todo, gêneros não é algo que não existe para gente, nós somos influenciados por muitas coisas quando fazemos música, às vezes nós pegamos elementos de diferentes gêneros, então é como se fosse um tipo de mistura feita a partir de tudo que já fomos influenciados.
Michael: Sim.
Melanie: Inclusive em nossas vidas pessoais. Acho que também vai do que achamos que soa bem naquele momento, então...
Michael: Eu acho que tudo se deve ser um pouco de uma mistura de divergentes gêneros.
Melanie: Sim, sim.
Bill Werde: Na verdade temos algumas perguntas dos estudantes que podem aparecer enquanto estamos conversando, uma das perguntas dos estudantes, e vocês meio que acabaram de tocar no assunto, então eu vou falar com vocês sobre, veio da Zanaria Jack da Nova Jersey, ela perguntou: Quando você escreve uma música, por onde você começa? Então talvez nós podemos falar sobre essa música e responder.
Melanie: Certo, claro, “Play Date” foi escrita cinco anos atrás, há um bom tempo já. Eu acho que todas as vezes que componho uma música, a primeira coisa que faço é escrever o título, é a parte mais importante para mim, ter o conceito bem claro, é o que eu estou querendo dizer na história, tem que ser bem clara do começo ao fim. Eu posso ser um pouco exigente comigo as vezes, e pode acontecer de levar isso muito para o literal e tento contar a história da melhor forma possível e aperfeiçoar isso. Ultimamente tenho tentado me abrir mais e meio que criar diversos significados para um tema só, para que ainda assim se encaixe no meu mundinho, mas que tenha outras camadas para que diferentes pessoas possam se conectarem.
E com “Play Date”, não tinha muita experiência com essa dinâmica, era tipo uma conexão bem superficial, pois ainda era muito nova quando a compus, mas era uma espécie de prévia das experiências que iria ter no meu futuro, o que eu achei que era muito interessante. Mas é isso, quando se trata das outras músicas, eu tinha um lista com tipo setenta a oitenta títulos, e nós ficávamos meio que trabalhando nisso, era muito coisa para mim, sendo honesta, mas daí a gente encontra uns acordes e o Mikey trazia o mini teclado ou a gente ia até o piano ou o violão. Seja o que estivéssemos sentindo, e então achávamos um acorde, às vezes baseados em uma gravação de voz, então tenho uma longa lista de gravações de voz no meu celular, de quando eu andava na rua sem rumo, ou estava no banho, ou sei lá, sabe?
Apenas gravo a minha voz e trago paro o estúdio depois, a escutamos e vemos qual deles nos influencia a compor uma música; e às vezes nós mexemos nela e se não gostamos dela no final, a gente simplesmente joga fora e pensamos “Sabe de uma coisa? Vamos achar novos acordes que gostamos e diferentes instrumentos que nos inspiram e então vamos começar do zero, não podemos ter medo de tentar uma nova ideia.”
Michael: Sim.
Melanie: Então depende também do dia que estamos tendo, sabe?
Michael: Sim, tem muitas formas de inspiração, pode ser uma ideia que aparece na sua cabeça...
Melanie: Isso.
Michael: Ou pode ser um som que encontramos que parece ser interessante e meio aleatório, não há somente uma resposta só.
Melanie: Exato.
Bill Werde: Isso me parece que parte do processo de compor uma música para vocês dois é serem muito abertos para a inspiração e documentar elas, enquanto elas acontecem.
Melanie: Definitivamente.
Michael: É uma coisa muito...
Bill Werde: Nunca é a hora errada de pegar o seu celular né?
Michael: O aplicativo de gravação de voz do celular é a melhor ferramenta que todos nós temos. De verdade, tipo, todo mundo que conheço na indústria da música já usou essa ferramenta em algum momento para fazer as ideias acontecerem.
Bill Werde: Eu acho que os aplicativos de anotações são as novos “Tin Pan Alley” da indústria musical.
Michael: É sim.
Melanie: Verdade.
Michael: E é engraçado, porque tem alguma coisa na qualidade do jeito que ele soa, que às vezes tem um tom muito desejável, eu mesmo coloco o celular em cima do meu piano e aquilo vai ser meu microfone, não preciso montar microfones sofisticados ou fones de ouvido caros, apenas transfiro as gravações de voz pelo AirDrop pro programa “Pro Tools” e começo a trabalhar na música.
Bill Werde: Quero perguntar, já que estamos falando sobre compor uma música e de suas composições, e estamos indo do início até o final da música com “Play Date”. Mikey qual é a sua lembrança mais antiga de “Play Date”?
Michael: Então, com “Play Date”, foi originalmente uma ideia que a Mel teve, junto com a nossa amigo Jen Decilve, a música veio para mim de último minuto, porque já tinha terminado algumas outras músicas do projeto “Cry Baby”, e então quando ela veio para mim, eu falei “Minha nossa! Essa música é muito boa, eu quero muito trabalhar nela.” eram apenas uns vocais, uma faixa de piano bem interessante. Aliás a Jen sabe tocar piano muito bem, então era uma coisa tipo um piano clássico e a primeira coisa que fiz foi encontrar aquele instrumento principal, até posso pegar ela aqui para mostrar para vocês rapidinho o instrumento principal que está em Play Date, é... soa assim:
Melanie: Devíamos tocar a Demo primeiro? Invés de...
Michael: É mesmo, com certeza, com toda certeza. Eu vou tocar a Demo.
Melanie: Isso é o que foi mandando para ele, isso é o que eu e a Jen mandamos para ele, o Mikey, originalmente...
Michael: É. Só um instante.
(Play Date toca.)
Michael: Então aqui você já consegue começar a ouvir, porque os Bounces já estão inclusos, os e o sentimento também já está ali, mas aí a gente selecionou, deixa eu pegar aqui, este foi o instrumento principal que gerou a inspiração para mim quando eu comecei a mexer nela, foi essa coisinha aqui.
(play date toca aqui)
Michael: Então foi esse o instrumento principal que começou tudo para mim, eu achei esse som era tão legal, interessante e único.
Bill Werde: E como você chegou até ele?
Michael: Então foi esse som no software “Omnisphere”, que eu também consigo pegar aqui, só me dê um segundo porque ele fica numa sessão antiga que gosta de não funcionar as vezes. Então se você olhar para essa sessão aqui, o “Omnisphere” está abrindo, ele é um programa bem comum, então ele é uma combinação dessas coisas aqui, o “Plastic Stratocaster” e esse que nem vou tentar ler o nome, é esse instrumental de violão, são esses dois sons que fazem aquele música. Está bem aqui, no “Omnisphere”, o qual eu tenho quase certeza que qualquer pessoa que tenha o programa consiga acessar.
Bill Werde: Muito legal, muito legal. Então é isso, Mikey, quando você coloca suas mãos em uma música, você faz a maior parte do seu trabalho nesse programa?
Michael: Sim, eu trabalho com mais frequência no “Pro Tools”, comecei com um programa chamado “Reason”, o qual não uso mais, eu o uso só de vez em quando, mas basicamente tudo agora é só com o “Pro Tools”.
Bill Werde: Okay, excelente. Agora eu quero perguntar para Melanie, quero dar alguns passos para trás com vocês dois. Quando estamos falando com os alunos, obviamente, acho que uma das maiores partes dessas conversas é ajudar eles a entender o que caminhos diferentes se parecem, entender o que diferentes caminhos para seus futuros podem se parecer. E francamente, a maioria das pessoas que estão nos ouvindo, se inspiram muito em suas histórias, nas histórias de outros artistas, os quais foram capazes de se expor e marcar um pouco de seus territórios como artistas. Vocês podem falar só um pouco, talvez ambos de vocês, das lições que vocês aprenderam graças aos anos no começo de suas carreiras, talvez exista uma decisão chave que você teve ou não teve que tomar; poderia ter sido bom ou ruim, mas foi de extrema importância.
Melanie: Sim, sim. Eu acredito que o caminho de todo mundo é muito diferente, você está corretíssimo nisso. O meu caminho e o do Mikey foram completamente diferentes, ao ponto de que o fato de que os nossos caminhos terem se quer cruzado, parece ter sido algo tão imprevisível, sabe?
Michael: Certo.
Melanie: É muito interessante para mim, porque o jeito que comecei... foi que quando eu era mais nova eu era muito fã de escrever poesias, então meio que era uma autora antes de realmente escrever músicas, ou coisas desse tipo, não escrevia músicas na verdade. Mas então eu comecei a tocar violão, e me ensinei a tocar violão, apenas assistindo vídeos tutoriais no YouTube, diagramas de acordes. E mesmo agora quando nós fazemos música, o Mikey ainda está aprendendo a tocar guitarra, ele tem esse livro tipo, de diagramas de guitarra, no qual a gente simplesmente pega e tenta encontrar legais.
Michael: Esse é o livro. (Guitar Chord Encyclopedia da editora Alfred).
Melanie: Isso.
Michael: Está me ensinando a transformar acordes de piano em acordes de violão.
Melanie: Sim. Então, comecei com o violão, depois comecei a compor músicas, aí eu misturava as minhas poesias com o violão, buscava melodias que fizessem sentido com aquilo que estava compondo, e então conforme eu fui seguindo, comecei a compor as minhas próprias músicas e depois postava elas em vídeos no YouTube. E então me candidatei para o "The Voice", bem aleatoriamente, meus pais encontram essa audição aberta na internet e me levaram para Manhattan. Eu quase perdi a minha chance, porque nosso carro quebrou no caminho, então essa foi uma experiência bem interessante.
Mas no fim do dia não acho que isso seja para todo mundo, participar desses programas de canto, porque eu acho que eles são principalmente para pessoas que precisam de exposição para as suas músicas, caso eles já tenham músicas lançadas, algo nesse sentido. Mas como era uma compositora, e antes de tudo uma autora, era muito difícil para eu estar em um programa onde eu tinha que cantar a música dos outros, então essa é uma dica que dou para aqueles que são compositores e estão procurando por um caminho que faça a suas músicas serem ouvidas, pessoalmente não iria para um programa de canto, recomendo que continuem a compor músicas, ampliar o seu catálogo, e apenas lançar músicas, seja no SoundCloud, ou de qualquer outro jeito, de verdade. E com você...
Bill Werde: Eu tenho que dizer, eu vou voltar para falar com o Mikey em alguns instantes, porque amei essa história de que você quase perdeu sua chance, a sua audição para o "The Voice" porque o carro dos seus pais quebrou.
Melanie: Sim, sim. Eu tive que pegar um táxi. Uma mulher muito querida parou sua viagem de táxi para cedê-lo para eu e minha mãe, e nós conseguimos. Então, é isso.
Michael: As estrelas se alinharam.
Melanie: Tudo acontece por uma razão. Sei lá.
Bill Werde: Acho que quanto mais difícil, quanto mais desafios, mais você se sente como se tivesse conquistado algo, quando você tem o seu momento. Que papel a música teve para você, Melanie, como uma jovem mulher, você diz que era uma autora e se transformou em uma compositora, que papel isso lhe proporcionou quando você era criança?
Melanie: Sim. Eu amo todas as formas de arte que envolvem a criatividade, amo pintura, fotografia, escrever poemas, cantar, dançar, então a música meio que foi a base para tudo. Desde que eu era criança bem pequena, o meu pai tocava essas músicas antigas, do estilo R&B e Hip-Hop ou até mesmo os Beatles e os Bee Gees, ele gostava de vários tipos de influências, e isso meio que influenciou internamente, o fato de eu amar música e criar uma apreciação por música, sempre estar cantando, querendo sempre estar ouvindo música, sabe? A todo o momento que eu pudesse. Então acho que ele foi a minha maior influência, quando se trata daquilo que fez me investir de verdade na música, como uma forma de arte. Mas, é, sei lá, conforme o tempo foi passando, senti que isso era a minha paixão e o meu propósito na vida, então eu fiquei com ela.
Bill Werde: E Mikey, qual é a sua história? Quando você se tocou pela primeira vez, que a música era algo que você queria fazer e como você tornou isso em algo que você pudesse fazer?
Michael: Quero dizer, é uma história bem interessante, porque comecei em bandas na época de escola, sabe? Eu comecei como um baterista, era um percussionista, e a minha mãe realmente me faz fazer muita coisa com isso, ela viu o meu talento bem cedo, mesmo se eu gritasse e fizesse birra, ela diria uns quarenta e cinco minutos para todos os lados para me levar a diferentes aulas, e assembleias, que eram em outros estados, só para que eu pudesse crescer e me desenvolver em diferentes habilidades.
Eu odiava isso de verdade, e para ser honesto com você, me matriculei na faculdade para ser um fotógrafo e através desse processo me toquei que não sabia o que estava fazendo e o irmão mais velho de um amigo meu, me deu um programa de música, esse foi o momento que esse software e o "Reason", por sinal, é por isso que eu ainda o uso de tempos em tempos, porque foi o meu software de início, mas é este programa que foi o clique na minha vida, para que eu começasse a pensar "Opa, posso ser uma banda inteira." tipo, "Eu não preciso ser somente um baterista.", ou "Não preciso ficar tocando somente música clássica, numa banda de música clássica.", ou que seja. Foi aí que meio que foi tipo "Oh meu deus, é isso que quero fazer.", porque agora poderia trabalhar com o tipo de música que amava escutar, que é o Hip-Hop na maior parte do tempo. Então isso abriu as portas para que encontrasse escolas, faculdades, para aprender a mexer com a engenharia de som e os aspectos técnicos da coisa, enquanto me dava o tempo e espaço para ser capaz de trabalhar, porque acredito que esse é o objetivo geral, que se fazem ambas as nossas histórias compatíveis, também para todos os outros artistas, produtores e compositores.
Você irá cair repetidas vezes, mas você precisa continuar a se levantar de novo e de novo, colocar tudo de si nisso, porque a quantidade de sacrifícios os quais tive que fazer, num nível pessoal, durante o começo da minha carreira... tipo, quando estava na faculdade, eu estudava em Nova Iorque e fiz muito mais do que as outras pessoas sequer pensam em fazer. Você tem que dar tudo de si, porque não dá para pensar "Ah, eu vou ir me encontrando.", ou "Eu vou fazer isso e a aquilo para que tudo funcione.", porque você meio que tem que pular do precipício e ver se você sabe como voar, se você falhar, ache um jeito de tentar novamente.
E isso se aplica no jeito que as coisas soam nas músicas que eu produzo, tem vários caras e garotas mais jovens que entram em contato comigo e me perguntam coisas do tipo "O que você usa para conseguir esse resultado?" ou "Quais baterias são essas?", "Você pode me enviar esse kick?", para ser honesto com você, eu uso as mesmas coisas que todo mundo também usa, eu uso alguns kicks do "Boy Wonder", alguns kicks do "Dr. Dre", ou sei lá, são os mesmos combos que todo mundo tem. E sobre se manter com eles e se o seu coração diz que está tudo certo, e que soa bom, tudo bem, é sobre ser criativo, sabe?
Bill Werde: Então aqui vai uma pergunta para vocês dois, porque encontro diversos jovens compositores que se apresentam com dificuldades. Você tocou a demo de "Play Date" e mostrou um pouco da evolução dela, como você sabia que "Play Date" estava pronta? Quando você soube que essa música estava pronta?
Michael: Sim, para mim é um sentimento, acho que são dois sentimentos na verdade, é o "Uau isso me parece muito bom.", e quando eu ando pelo meu quarto, danço junto da música e sinto como se fosse eu quem a estivesse apresentando. Então isso sempre é um fator para mim, preciso sentir como se fosse o cantor na frente do espelho.
Bill Werde: Tem algum violão fazendo uma aparição em alguma dessas situações? Ou...
Melanie: Às vezes.
Michael: Se eu estou com um violão na hora, com toda certa, sim. Ou uma bateria.
Bill Werde: Eu só quero ter certeza.
Michael: Sim, esse é o lado de mim que ninguém jamais irá ver. É um lado bem pessoal meu. Mas aí tem o meu outro lado que é o nervoso de mandar a música para Mel, nesse caso ficando tipo "Eu espero que ela goste disso, tanto quanto eu gosto.", como é com você?
Melanie: Sim, bom para mim, nós dois meio que já sabemos, ele me manda a música e eu sempre consigo dizer, sinto que você tem esse instinto que te diz que você está sempre certo, e nunca tivemos um momento em que eu e você nos sentimos como se estávamos montando um quebra-cabeça com diferentes peças.
Michael: Sim.
Melanie: Você me dizendo "A minha intuição diz que é assim." e eu respondo com um "Não."
Michael: Especialmente quando criamos.
Melanie: Exatamente, com toda certeza. Mas é isso, é meio que um instinto tomasse conta, e transformasse completamente a música para mim. Quero dizer, porque tudo o que eu tinha para me basear na música era uma faixa de piano e a minha voz, o tempo inteiro, então ele realmente transformava a música inteira em algo completamente diferente, ele colocava todos esses elementos diferentes que criavam uma história, e a levava muito mais além. Essas quebras, você realmente devia tocar para eles, aqueles sons e áudios.
Michael: Eu posso mexer nisso bem rapidamente, nessas sessões, meio que organizo todas as minhas coisas por cor, assim consigo saber onde estou. Todos estes amarelos...
Bill Werde: Se você pudesse explicar tudo detalhadamente, para que os que estão nos assistindo, pudessem entender exatamente o que eles estão vendo.
Michael: Claro, deixa eu ir com bastante calma, dentro desta sessão, isso tudo é o que vai formar "Play Date", eu organizo as coisas por cores, então estes rosas são os vocais, assim eu sei onde tudo se encontra, então se mais alguém abrir essa sessão seria mais fácil para eles, na parte vermelha é onde tudo vai ficar, isso é o que nós escutamos quando a música é lançada, estes versão são diferentes reverbs, que são meio que um tipo de eco, para que se pareça como se você estivesse em um grande ginásio. São pequenos efeitos como esse, os rosas são todos os vocais.
Melanie: Os roxos...
Michael: Os rosas e roxos, meio que se parece rosa aqui, e roxo ali. E então tem os azuis que são geralmente os tipos de instrumentos principais, esses aqui também. E então o vermelho para mim sempre é o baixo, que nesse caso é meio que um 808. E então o laranja sempre é a bateria, que sempre sem implodem em suas próprias faixas de bateria, que, bem... as pessoas que trabalham com música vão entender, mas se você não trabalha com música, isto é, basicamente todas as coisas que se juntam nessa faixa para que façam uma combinação agradável e que soem como uma coisa só ao invés de várias partes diferentes.
É então, agora, já que estávamos falando sobre, são todas essas faixas amarelas que são de tipos diferentes, quero dizer, nem sei como chamá-las, além de como sons completos, digo, coisas que você meio que espera ouvir em algo como em um programa de TV ou algo assim. Então eu vou mostrar.
Bill Werde: Você poderia tocar para gente?
Michael: Sim, vou mostrar alguns exemplos, bem rapidamente, neste aqui tem crianças rindo, que foram usadas na música.
Michael: E há outro aqui. E se você, acredito eu, que se está nos escutando com fones de ouvido, consegue escutar uma em um ouvido, e outra no outro ouvido.
Bill Werde: Você pode tocar a parte para a gente a parte da música na qual essas risadas aparecem de verdade?
Michael: Sim. Só me dê um segundo porque não coloquei a bateria. Então, me dê um segundo.
Bill Werde: Estou te fazendo ter que trabalhar, me desculpe.
Michael: Imagina, você deveria mesmo. Eu esqueci de abrir as baterias, porque não uso mais o “Reason”, então é como se minha memória muscular tivesse o abandonado. Certo, agora estou abrindo o “Rason.” Mas isso é bom, porque você também consegue ver o “Reason.” O “Reason” parece ser um pouco mais intimidante, mas não é.
Bill Werde: Melanie, enquanto ele prepara isso, eu gostaria de perguntar a você. Porque eu amo esse tipo de história, onde isso só acontece no TikTok, onde uma música é lançada há dois ou três anos atrás e foi perfeitamente bem lançada, e todos estão felizes com ela, ou não, e de repente, três anos depois, você começa a receber mensagens do tipo, "Eu estou ouvindo a sua música e ela está estourando." Qual foi a sua experiência a respeito disso?
Melanie: Na verdade, é bem isso, todos os meus amigos ficaram tipo: "Ei, Play Date está crescendo no TikTok", e eu meio que fiquei, você sabe, tipo "Que legal, incrível.” Mas eu não esperava que a música estivesse realmente tocando as pessoas do jeito que está. Na verdade, pensei que era uma coisa rápida, de um dia, tipo, “Ai isso é só hoje.” Que era algo que está popular somente naquele dia, mas não.
Bill Werde: A música ia estourar e depois ia se esconder de novo.
Melanie: Sim! Eu pensei que fosse acontecer, mas continuou crescendo e estou, como já disse, sou super grata, foi tão inesperada por nós dois. Estávamos agradavelmente surpresos, de verdade.
Bill Werde: Quando você se tocou que a música não ia somente estourar e desaparecer?
Melanie: Sim, o meu empresário estava me mandando mensagens do tipo, “Certo, olha, vamos ter que tomar uma decisão sobre isso, sabe, se você quer realmente dar atenção a Play Date de novo, porque as pessoas realmente estão se identificando com a música.” E tipo, isso é um grande momento. Primeiro foram meus amigos falando, depois meu empresário, e então até a gravadora me dizendo, que foi meio quando percebi o quão sério estava ficando.
Michael: E costumo ignorar os primeiros sinais que a gravadora manda.
Melanie: Sim.
Michael: Eu fico tipo, “Não façam o meu cérebro ter que voltar para 2015 ou 2016”. Eu já estou em 2022.
Melanie: Sim
Michael: Mas aí eles começam a mandar foto dos charts falando tipo, “Olha só esse aqui, e aquele ali, os gráficos estão subindo. Eu fico tipo, “Uau.”
Melanie: Eu acho que é muito surpreendente, mas muito emocionante.
Michael e Melanie: Sim, muito emocionante.
Bill Werde: Incrível, eu amo isso.
Michael: Agora está funcionando.
Bill Werde: Você já tem as baterias agora?
Michael: Sim. Tudo deve estar aqui, então só para revisar, bem rápido, aqui estão os efeitos sonoros que você ouve nessa seção. Então, há duas faixas de crianças, que já ouvimos.
Michael: Além disso, esse outro som de sala de aula.
Michael E então, um sino, um sino escolar.
Michael: Agora, deixe-me tocar a sessão.
(Play Date toca)
Melanie: Acho que deveria tocar o refrão agora...
Bill Werde: Isso é tão legal! Porque, realmente, eu ouvi a música umas quinhentas vezes e não sei se já tinha percebido, conscientemente, as risadas, e é claro, agora toda vez que eu ouvir a música, vou ouvir as risadas. Talvez não seja um ouvinte muito cauteloso, talvez eu não tivesse percebido essa parte, mas é muito legal. Vocês estão mutados.
Michael: E vamos lá. Me desculpe por isso. O que eu estava dizendo era que, não queremos que os sons fiquem muito notáveis e altos, a ponto de te distrair, mas tipo, é legal.
Melanie: É só para preencher o ambiente.
Michael: Sim, é como um easter egg no filme. Isso significa que tipo, tem algo que você não sabia que estava lá, mas sentiria falta se não estivesse.
Melanie: Sim.
Michael: E quando você o percebe fica tipo: "Uau, isso é um detalhe muito legal que eu normalmente não escutaria em outras músicas.”
Bill Werde: Sim, eu amo isso. E de novo, esses pequenos detalhes, como já falamos sobre composições de músicas, enquanto trabalhamos com jovens compositores como parte do programa “Afters-School All-Stars”, o que torna um bridge bom? Vocês pensam nisso como uma parte diferenciada? Alguns compositores amam seus bridges, já outros...
Michael: Sim.
Bill Werde: Não conseguem suportar os bridges.
Michael: Isso é um assunto gera controvérsias nos dias de hoje.
Bill Werde: Estou vendo.
Melanie: Então, o jeito que vejo as bridges, particularmente, pode ser bom ou ruim. Às vezes, quando está pronta, penso tipo, "Definitivamente essa é a bridge", eu já sei que essa parte se encaixa perfeitamente. E outras vezes, eu prefiro pular a bridge no primeiro dia que estamos compondo e voltamos para ela depois, porque sinto que a bridge é como se fosse uma despedida. É como um momento para você explorar mais do que a música e a história pode ser. Então às vezes, sinto que devo estar em uma mentalidade ou perspectiva diferente para voltar à música para poder ajustar a diferença do som da bridge.
Michael: Verdade.
Melanie: E isso é, honestamente, a maior parte do tempo que tinha para voltar para a música, e depois escrever a bridge por último, então...
Michael: Sim. Geralmente não trabalho ela quando surge a ideia da música. Outra coisa que eu ia acrescentar nesse assunto é que, tipo, você não tem que ser muito rígido consigo mesmo.
Melanie: O formato, ou...
Michael: “Eu tenho que falar isso.”
Melanie: “Tem que haver um pré-refrão antes, ou um pós-refrão.” A gente não pensa nisso.
Michael: O que for funcionar. Irá funcionar. Voltamos para aquilo que você nos perguntou antes, “Como vocês sabem que uma música está pronta?” Ela soa correta, você sente como se estivesse tudo certo, é um instinto seu.
Melanie: Sim.
Michael: E uma coisa de instinto, porque é importante sentir que está pronto. E não ficar indo cada vez mais longe, essa é uma parte importante para fazer uma boa música.
Melanie e Michael: Saber quando parar.
Melanie: Isso.
Bill Werde: E também ter a autoconfiança, eu adoraria que vocês dois fizessem um comentário sobre isso, sobre confiança ao lançar uma música. Muitas vezes as pessoas trabalham em suas músicas para sempre.
Melanie: Sim.
Bill Werde: Porque se eles nunca a lançarem, ela não tem como flopar, certo?
Michael e Melanie: Certo.
Bill Werde: Porque eles têm ansiedade e se importam mais com a reação das pessoas.
Melanie: Sim.
Bill Werde: Aí você entra num território espinhoso, de verdade, onde doze anos depois você recebe um novo lançamento ou algo do tipo, é difícil? Deixar as coisas simplesmente irem?
Michael: Que ir primeiro?
Melanie: Sim, estamos trabalhando no EP agora, no qual temos trabalhado desde, sei lá quando, acho que desde a mesma época na qual estávamos trabalhando no “K-12”, então alguma das músicas do EP escrevemos durante aquele período e também escrevemos novas no ano passado e agora, e ainda estamos escrevendo, quando terminarmos aqui, vamos ter que falar sobre as músicas do EP e também sobre o que queremos consertar, e o que iremos mudar. Então é como trabalhar para sempre e continuar a colocar coisas ou tirá-las, você não sabe até que seu instinto te diga algo, e esse instinto definitivamente existe. Ele te diz “Okay, isso está pronto, acabou.” Sabe? E uma vez que você sente esse instinto, acho que é apenas uma parte de estar em sintonia com sua intuição, com o que o seu corpo está te dizendo sobre a sua arte, sabe?
Bill Werde: Eu só quero deixar claro, porque você sabe que tenho amigos lá na “Atlantic Records”, e eles não me pediram para te perguntar sobre isso, okay? Isso não é eles sendo passivo agressivo, querendo saber sobre como o EP está saindo. Não é isso que está acontecendo.
Melanie: Que bom.
Bill Werde: Estou brincando, isso é uma brincadeira. Mas você está rindo porque a verdade sempre é engraçada, não é?
Melanie: Sim, ela é. Ela sempre é.
Michael: Com certeza.
Melanie: É mesmo.
Michael: Você sabe bem como é.
Melanie: Isso.
Bill Werde: Mikey, e para você?
Michael: O que eu tenho para falar nesse assunto é que, sabe, parte da experiência e do crescimento em melhorar a sua música, é isso, porque isso muda a sua perspectiva.
Melanie: Verdade.
Michael: Ouvimos a nossa música toda vez que é lançada pelo “Spotify” ou para “Apple Music” ou qualquer outra plataforma de streaming, não porque ela fica diferente, mas o fato da música não estar mais saindo do meu “Pro Tools”, ou do meu “BoxFolder” onde eu arquivo as demos, temos um sentimento diferente, uma perspectiva diferente, sabe? Me lembro quando o álbum “K-12” saiu, nós estávamos em quarto de hotel, ouvindo o álbum por uma caixa de som “Pills” da “Beats”, e ficamos tipo, “Uau, foi lançado.” é um sentimento muito bom. Mas também, algo que eu gosto de dizer para as pessoas quando elas ficam estressadas quando estão para terminar uma música, é que não se cobre muito, porque como um artista você está sempre crescendo e aprendendo coisas novas. Então você tem que pensar nisso mais como algo momentâneo, sabe?
Porque agora sabemos que provavelmente faríamos melhor qualquer música que lançamos no passado. Mas é porque lançamos elas e percorremos por todo o caminho, entre experimentar coisas novas – como tem sido para mim até agora – é por este motivo que possuímos o conhecimento que construímos até aqui. Eu tenho um novo conjunto de alto-falantes que está mudando tudo para mim, porque posso ouvir as coisas de forma diferente, melhora a qualidade de tudo, mas eu não tinha condições de ter comprado antes e, mesmo se tivesse, não teria sido capaz de entendê-los, ainda havia muito para aprender.
Melanie: Sim, verdade.
Michael: Espero que isso ajude.
Bill Werde: Então, eu gostaria de falar sobre o “K-12”. Você lançou um film. É algo que nós definitivamente devemos falar, mas antes de falar sobre suas composições, quero perguntar, primeiramente: Se vocês tivessem que escolher um compositor ou um produtor, ou talvez alguns compositores e produtores, para falar para os alunos que estão nos assistindo: “ei, se você realmente quer estudar sobre composição e músicas ou se deseja mesmo estudar como produzir, aqui vai o nome de uma pessoa, que irá fazer o seu tempo valer a pena.”, quem viria em suas mentes? Seja alguém que lhes inspiravam quando estavam começando ou mesmo agora, para continuarem a aprender coisas novas.
Michael: Depende do que gosta de ouvir.
Melanie: Sim.
Michael: Você pode aprender um pouco com tudo que gosta, até porque tem uma razão de você gostar.
Michael: Sabe?
Bill Werde: Só o fato de gostar, você pode ir pausando e prestando atenção.
Melanie: Totalmente.
Michael: Exato.
Melanie: Seja qual for a sua música favorita naquele momento. Olhem quem a fez, e olhe mais informações, veja se há alguma entrevista com a pessoa que compôs ou produziu, e veja como eles fizeram aquela música. Sabe?
Michael: Isso é uma outra coisa muito legal, sabe? Algumas plataformas de streaming agora lhe oferecem a oportunidade de olhar os créditos, diretamente na música, então você pode gostar de diferentes músicas em especial e acontecer de simplesmente delas terem o mesmo produtor, sabe? Algo que te faça ter vontade de procurar mais sobre aquele compositor ou produtor. É muito interessante ver todo mundo que está envolvido no processo para descobrir o porquê você gosta do que gosta.
Bill Werde: E vocês dois ainda fazem isso?
Michael: Sim, eu faço… Sou um pouco louco. Eu não consigo ouvir uma música sem ficar tipo, “Que é Snare é esse?”
Melanie: Já não sou assim, isso é algo mais seu, porque é produtor.
Michael: Você não se enquadra muito nisso...
Melanie: Não, eu realmente não sei muito sobre produtores e compositores ou coisas do tipo, porém acredito em seguir sua intuição quando você está fazendo música e arte e na vida em geral. Então é nisso no que eu me baseio. Tudo é apenas na minha intuição.
Bill Werde: Isso é ótimo, temos caminhos diferentes, duas abordagens diferentes. Tenho certeza de que o Mikey também usar a intuição dele o tempo todo.
Melanie: Sim, sim, mil vezes sim.
Michael: É mesmo.
Melanie: Ele tem que usar, com certeza.
Bill Werde: Mas ao mesmo tempo, ele talvez seja um pouco mais do técnico.
Melanie: Sim, definitivamente.
Bill Werde: E quer desmontar tudo.
Melanie: Com toda certeza.
Michael: Alguns de nossos momentos mais engraçados é o começo de escrever uma música porque a Mel quer apenas fluir o máximo possível.
Melanie: Verdade.
Michael: E eu fico: “Onde está a construção”?
Melanie: Isso.
Michael: Então é um ótimo meio para nos encontrarmos.
Melanie: É sim.
Michael: Porque ela fica muito criativa e então eu posso ajudar apenas com o suficiente, mas sem exagerar, sabe?
Melanie: Sim.
Bill Werde: Então, só para lembrar as pessoas que vocês estão assistindo ao TikTok After-School All-Stars, uma séries sobre música e suas composições, que estamos ensinando a alguns ótimos alunos que fazem parte do programa “All-Stars”. Falamos de tudo sobre composição e produção e esses são alunos são comunidades de baixa renda. Portanto, isso é fantástico e estamos realmente tentando garantir que esses alunos tenham voz e tenham um caminho claro a seguir.
Bill Werde: Você não apenas lançou um álbum, mas sim um filme.
Melanie: Sim.
Bill Werde: Então, você pode compartilhar um pouco o porquê isso foi importante para você?
Melanie: Sim, bem, quando eu fiz o Crybaby, meio que... não tive a oportunidade de fazer um filme, mesmo sendo o que queria, eu queria fazer apenas um grande vídeo que tivesse todas as músicas nele e era apenas um pedaço da arte, e não pude fazer isso, porque eu não tive a oportunidade, já que eu era uma artista nova que tinha acabado de assinar com a gravadora e quando você assina com uma gravadora pela primeira vez, na verdade você recebe apenas dois vídeos de música por álbum, é a regra e, para mim, não era o suficiente, porque quando eu assinei com a gravadora, tinha lançado de forma independente "Dollhouse", inclusive, fiz também um videoclipe para esta música com amigos e, com o tempo, continuei querendo fazer mais videoclipes para cada música e continuei.
Continuei a trabalhar com tratamento de vídeo, e de novo, se alguém ouvisse isso e aprendesse a escrever videoclipes, filmes ou qualquer arte visual? Acho que é realmente importante repetir, não importa como você faça, em bloco de notas, em um caderno, no seu ipad ou em um Final Draft (programa) e você aprende a usar o Final Draft em um tutorial do YouTube, sabe? Foi isso que eu fiz. Existem tantas maneiras de colocar suas ideias para fora, não tenha medo de fazer isso e continuar expandindo. Eu acho que é realmente importante não ser tão focado em fazer tudo corretamente, de forma técnica, se você está escrevendo alguma coisa, mesmo que seja uma música, acho que é importante escrever o que você quer escrever e não ser tão crítico consigo mesmo, se você for, pode continuar com essa ideia em mente, mas não consegue executá-la, porque acho que os nossos próprios medos e inseguranças, podem nos impedir de liberarmos todo o nosso potencial.
Pelo menos aconteceu comigo durante muito tempo, então era a única coisa que eu tinha que fazer com minha própria insegurança ao escrever um roteiro, não sabia como escrever, mas sabia que iria fazer e isso é tipo de energia que eu tenho para tudo o que faço.
Michael: Sim, a pessoa gasta muito tempo e fica pensando “Não consigo fazer.” Não existe algo que não consiga, você precisa descobrir uma maneira. Para tudo tem um jeito.
Melanie: Sim.
Bill Werde: Gostei como falou do uso de tempo, ouvimos muito sobre isso. E é tão importante que as pessoas dediquem seu tempo.
Michael: Sim, cara.
Bill Werde: Vocês ficam cada vez melhores.
Melanie: Isso.
Bill Werde: E por enquanto vocês continuam trabalhando nisso? Quero perguntar algo pessoal: Mikey e eu estamos sentados aqui com nosso uniforme A estética tem sido claramente uma coisa muito importante para você. Por quê? Como a estética molda o modo como você vê os fãs experienciando sua música ou experimentando não falar sobre você em terceira pessoa, mas falar sobre você, Melanie Martinez, qual é o papel que os visuais atuam? Porque eu me pergunto se não há é uma conexão entre o filme e sua estética em geral e como tudo isso ajuda a dar vida à sua música.
Melanie: Sim. Quero dizer, acho que eu, como pessoa, tenho um estilo muito específico, assim como todo mundo têm as roupas que gostam de vestir. Eu gosto de usar roupas específicas e me vestir de uma certa maneira e também coleciono brinquedos e coisas vintage, sabe? Então minha casa, meu ambiente e as coisas que me cercam são tudo o que você conhece dentro do mesmo estilo e que se traduz em todas as partes da minha música. Não é apenas uma fase que eu estou passando, isso é a minha arte. É isso que eu gosto e traduz através da minha música na minha arte a maneira como qualquer coisa realmente se traduz na minha vida.
Bill Werde: Para você, é quase como sua própria expressão e isso pode acontecer em vídeo, música...
Melanie: Sim, sim, exatamente.
Bill Werde: E Mikey, sem desrespeitar o dono da camiseta.
Mike: Não, está bem. Eu sou um cara bem simples de camiseta.
Bill Werde: Sim. Minha camiseta é na verdade o All-Stars After School da Academia de compositores do verão então normalmente, eu visto coisas absolutamente inovadoras, mas acabo tendo que usar isso.
Michael: Rapidinho, você está fora da tela, deixa eu ver
Bill Werde: Oh, desculpe, essa é-
Melanie: Nossa, que legal
Michael: Bem legal, é tipo em tie-dye?
Bill Werde: É um pouco de tie-dye, um tie-dye desbotado.
Melanie: Impressionante.
Michael: Que camisa legal.
Bill Werde: Nós vamos terminar daqui a pouco. Quando nós olhamos para K-12 é um álbum que realmente conta uma história inteira, e é em parte porque funciona tão bem quanto um filme. Quando você o escrevia, você falou anteriormente como começa com os títulos das músicas. Foi algo parecido com K-12 em que você teve esses títulos de capítulos em mente para toda a história?
Melanie: Sim. Então, o processo criativo foi tipo “Certo, escola é o tema geral e agora? Como posso pensar em coisas diferentes para se encaixar nesse tema?”. Assim como Cry Baby, era sobre infância e nostalgia. É a mesma coisa.
É como se você pensasse em títulos que se encaixam nesse tema, então, nós sentávamos e pensávamos em literalmente qualquer coisa e depois anotamos e experimentamos as ideias, às vezes, nós trabalhávamos em uma música e ficávamos tipo, “tudo bem, a música é bem legal, vamos continuar com essa ideia.” e o tema não se encaixa e fica muito claro quando isso acontece, aí sentimos “Humm, não está funcionando, não está acontecendo naturalmente”. Então eu só mudo para outro título e, em seguida, basta começar com esse título, e para nós é como ajustar o tema da música e o título e garantir que eles façam sentido juntos e que estejam em harmonia e não entrem em conflito um com o outro.
Bill Werde: E “Fire Drill” é o novo single.
Melanie: Sim, bem...
Bill Werde: Quero dizer, que vai estar no... me desculpe, vá em frente, por favor.
Melanie: Sim, Fire Drill é a música dos créditos finais em K-12, inclusive eu queria tê-la lançado antes. Como qualquer outra música e esse tipo de coisa, para lançar leva um tempo, então está finalmente lançada agora e eu estou muito feliz por isso.
Bill Werde: Deve ter sido a decisão que você tomou, né?
Melanie: Sim.
Bill Werde: O seu empresário estava pensando “Nós devíamos voltar lá para Play Date ou seguir em frente?”
Melanie: Sim, era mais tipo: Play Date” está indo muito bem, mas eu queria muito lançar “Fire Drill”, então eu estava tipo, adiando isso por causa de “Play Date” e essas coisas, então, estou feliz por estar lançado agora porque agora podemos continuar a seguir em frente e lançar o EP, o qual estamos muito animados.
Michael: Demais.
Melanie: E isso é muito empolgante para gente, estivemos trabalhando nisso há muito tempo, então….
Bill Werde: Então, o que podemos esperar para o EP? Você tem alguma pequena prévia para os fãs ou para o pessoal, talvez?
Melanie: Eu não sei, eu...
Bill Werde: Parece que talvez não tenhamos certeza do que podemos esperar do EP ainda, você ainda está decidindo?
Melanie: Não é que nós não decidimos as músicas, é mais sobre terminá-las. Por exemplo, agora existe dilema que estamos tendo com uma das faixas: eu tenho certeza que a quero no EP mas estou tendo problemas com a maneira que gravei o primeiro verso. Estou pensando: “Talvez devêssemos cortar os vocais dela ou talvez devemos mudar a intro.”, sabe? Os sons dos instrumentais, tipo, são pequenas coisas, nós pensamos “Okay, como podemos fazer essa música da melhor maneira possível? Já que estamos prestes a lançar esse EP e queremos que seja o melhor, queremos nos orgulhar do nosso trabalho.
Bill Werde: Mikey, eu sinto que você quer muito apertar o play em algo novo.
Michael: Não, eu realmente trouxe isso à tona para que ela pudesse ver opções de coisas para conversar, se quisesse.
Melanie: Ah, é verdade.
Michael: Porque temos alguns exemplos de músicas do K-12 que, esses são mais das demos originais.
Melanie: Meu Deus, sim.
Michael: Antes que precisássemos necessariamente tocar em algo do EP.
Melanie: Okay, isso é algo muito interessante na verdade, você tem toda razão. Então, nós estamos falando sobre isso e como, só para dar às pessoas uma ideia do quanto uma música pode se transformar, tipo você pode ter a ideia inicial de uma música e escrever o que você acha que é naquele momento mas depois você não gostar e você pensa: “eu gosto dessa parte, mas não gosto daquela”. Então, isso é mais ou menos o que a gente quer dizer quando não sabemos quando uma música está pronta. Você apenas continua até sentir que está bom, então, existem essas primeiras versões das músicas que estavam em fase inicial e acabamos transformando e trabalhando ainda mais para fazê-las o que são hoje, que são: “Class Fight”, “Detention”, “The Principal” e “Teacher’s Pet”. Então, por exemplo, “Class Fight” teve duas versões, na verdade talvez devemos falar sobre “The Principal”, porque em produção é diferente.
Michael: Sim, tem duas versões.
Melanie: Okay, então indiferente da versão, a primeira era a original, ou...?
Michael: Deixe me dar uma olhada.
Melanie: Okay, então com “The Principal”, a primeira versão que fizemos foi em um quarto de hotel e era no OP, certo? Você tinha o seu.
Michael: Sim, sim, sim. O OP.
Melanie: Nós estávamos com esse OP e nós só estávamos tentando descobrir como fazer uma música por meio de pequenos sons com esse aparelho.
Michael: Eu amo.
Melanie: Mas sim, nós escrevemos essa versão original de “The Principal” e eu deixei a mesma letra, e o mesmo tipo de fluidez mas com uma vibe totalmente diferente até estar quase terminado, então, vamos tocar um pouco dessa versão para que vocês escutem a diferença de como costumava soar.
Michael: Me perdoem se eu tocar o errado primeiro, talvez eu precise trocar...
Melanie: Sim. Mas acho que deve ser esse.
(The Principal demo toca)
Melanie: Então era tipo...
Michael: Há uma outra versão, uma segunda.
Melanie: Sim mas não no refrão, o verso dessa daqui.
Michael: Sim, só um segundo.
(The Principal segundo demo)
Michael: Legal.
Melanie: Então, essa foi basicamente a primeira versão, o último que eu acabei de tocar foi a primeira versão que nós fizemos, então por isso que você consegue ouvir que a melodia é totalmente diferente.
Bill Werde: É muito mais calma, obviamente.
Melanie: Sim, sim, com toda certeza.
Michael: Uma produção completamente diferente.
Melanie: Sim, completamente diferente.
Bill Werde: Me parece que vocês são ótimos parceiros em termos de colaboração, sabe? Vocês estão terminando as frases um do outro de uma boa maneira e isso é ótimo. Vocês já tiveram algum momento em que as coisas não ficaram leves? Vocês já tiveram momentos no estúdio onde precisaram descobrir como superar o desentendimento?
Melanie: Acho que não.
Michael: Não com tanta frequência.
Melanie: Não.
Michael: É mais sobre aquilo que eu estava falando antes.
Melanie: Sim.
Michael: Tipo, quando nós começamos novos projetos e realmente queremos nos esticar, vão haver alguns fracassos no começo.
Melanie: Sim.
Michael: Porque, tipo, nós estamos nos esticando. Porque estamos tentando ficar desconfortáveis para achar algo que nunca fizemos antes e então, depois que nos encontramos na ideia, é bem mais fácil.
Melanie: Sim, você está certo, na maior parte do tempo é eu que fico meio indecisa e você com mais frequência querendo que o trabalho ande, seja qual for a ideia. Você fica tipo, “Não importa, só escolha uma!” Sabe? (Risos) E o meu cérebro fica tipo “Talvez façamos isso. Talvez façamos aquilo. Eu não gostei dessa gravação de voz.”
Michael: Assim mesmo.
Melanie: “Eu meio que gosto disso!”, e é isso, sei lá.
Bill Werde: E sobre o bloqueio criativo na hora de compor? De que jeito ou forma vocês lidam com isso?
Melanie: Pois é, o bloqueio criativo na hora de compor, então, liricamente agora eu estou passando por um bloqueio criativo de composição. Não tão ruim, mas, acontece, com certeza, acontece de tempos a tempos e eu acho que normalmente logo antes de eu entrar no ritmo de fazer um álbum. Com “Cry Baby” era como isso, onde eu fazia várias sessões diferentes com pessoas diferentes e era a minha primeira vez escrevendo com produtores e outros compositores, então eu meio que sempre estava nesse ritmo, o tempo todo, todo dia com pessoas diferentes e coisa do tipo e então, em “K-12” eu foquei trabalhar apenas com o Mikey, e tivemos toda uma fase no início onde eu não sabia qual era o tema, não sabia o que ia fazer, eu apenas sabia que queria escrever músicas e começar a compor meu próximo álbum, então, nós apenas escrevíamos músicas e finalmente quando meu cérebro começou a pegar a ideia de onde continuar com a história da Cry Baby, sabe? Com escola e coisa do tipo foi quando nós realmente começamos a encaixar as peças e meu bloqueio criativo meio que desapareceu porque eu comecei a ter uma visão para o que o álbum ia ser.
Bill Werde: Excelente. No geral, algum de vocês tem algum conselho?
Melanie: Para o bloqueio criativo na hora de compor?
Bill Werde: Para escritores jovens lidando com bloqueio criativo na hora de compor. O que você realmente precisa fazer, para vencer isso?
Melanie: Eu acho muito importante viver a vida. Às vezes tudo que se pode fazer é ter paciência consigo mesmo e saber que você não precisa terminar algo naquele exato momento ou naquele exato dia. Você pode voltar depois e talvez verá que te afetou de uma maneira diferente que nunca tinha visto antes, mesmo que meses depois, sabe? Então não seja tão duro consigo mesmo e tente fazer outras coisas como pintar, a pintura abre seu cérebro de uma maneira diferente e pode te ajudar a expandir. Acho que simplesmente qualquer atividade criativa pode te ajudar a se abrir.
Bill Werde: Isso é muito legal.
Michael: Realmente, e o mesmo vale para o lado da produção, acontece! Mas você vai dar uma caminhada e quando volta as coisas já soam diferentes. Você pode acordar na manhã seguinte e as coisas soarão diferentes, pode ouvir no seu carro, fones de ouvido, em diferentes lugares e tipo, para mim agora, como a Mel estava falando, você tem que estar equilibrado. Eu sou bem rigoroso. Eu realmente não trabalho mais nos fins de semana porque descobri que isso impulsiona minhas semanas muito mais, eu fico bem mais produtivo e muito mais feliz trabalhando quando dedico esses dois dias no fim de semana para relaxar na natureza.
Melanie: Sim, relaxar.
Michael: Assim como estar com meu cachorro, ou seja lá o que for. Eu tenho um jardim e realmente gosto de jardinagem, estar lá fora.
Michael: Mas sim, por outro lado, se as coisas não estiverem indo bem, nunca se apegue a nada e apenas continue experimentando.
Melanie: Continue em frente.
Michael: Só tente coisas novas, de verdade, eu ouvi que o Illmind, um grande produtor que sempre admirei, desde quando comecei e ainda até hoje, ele sempre dizia que você precisava passar horas e horas procurando por sons como produtor, porque você apenas fica à toa e depois acidentes acontecem e, às vezes, são as melhores ideias.
Bill Werde: Então continue a se manter pé no chão.
Michael: Sim, sim. Mas em uma perspectiva de tempo
Bill Werde: Temos conversado com alguns ótimos alunos do projeto “All-Stars”, e tenho certeza de muitas outras pessoas jovens que estão interessadas em carreiras nas artes. Quais conselhos gerais você tem para as pessoas que tentam criar um nome para si mesmas ou estão tentando começar algo, qualquer assunto que ainda não tenhamos abordado para que você possa compartilhar de suas experiências pessoais para manter as pessoas focadas e seguirem em frente.
Melanie: Se orgulhe daquilo que te faz ser quem você é, não se esquive das coisas pelas quais você for zoado ou ridicularizado. Se aproveite disso. Use isso como um combustível, como fogo, use para criar algo que só poderia ser feito por você.
Bill Werde: Eu amo isso, amo isso, muito poderoso. E Mikey, alguma experiência sua?
Michael: Acabei de me perder, o que era mesmo?
Bill Werde: Apenas um conselho, se você tivesse que voltar no tempo e dizer algo para si mesmo quando era adolescente.
Michael: Sim, eu lembrei, então o que eu ia dizer... o que eu acrescentaria é que a história de todo mundo é diferente, não se compare a nenhum outro. Se você é um produtor, não se compare a outros produtores. Não existe essa coisa de um sucesso final, sua história é tão diferente. Tipo, a minha versão de sucesso é diferente da versão do sucesso de muitos produtores, e se sentarmos e compararmos o que eles têm em comparação comigo, não é justo e eu não gosto disso, você sabe o que quero dizer? Não há razão para se sentir de um jeito ou de outro. Porque minha história é completamente diferente.
Melanie: Isso.
Michael: E é disso que você deve se lembrar, porque eu fiz muito isso na faculdade onde eu pensava “Preciso ouvir esse produtor porque é o que está mais em alta no momento, preciso fazer uns sons que nem os deles” sendo que isso nunca funcionou.
Melanie: Verdade.
Michael: É sobre seguir seus instintos criativos sem se comparar à outras pessoas
Melanie: Sim, não se esforce para ser outra pessoa, apenas se esforce para ser você mesmo.
Michael: Sim.
Bill Werde: Siga sua visão.
Melanie: Isso mesmo.
Bill Werde: Mesmo que ela te leva a realizar o projeto de um filme de longa-metragem para um álbum, e é para lá que ele o levará. Escutem, eu quero respeitar o tempo de vocês. Vocês dois foram muito generosos com suas ideias, muito generosos com seu tempo, muito Obrigado.
Melanie: Muito obrigada você.
Bill Werde: Imagina. Eu quero agradecer a Danny e Lindsay no Tiktok e ao TikTok Music por ter criado esta série incrível. Quero agradecer ao After-School All-Stars que estão fazendo um ótimo trabalho, trabalhando com estudantes em comunidades de baixa renda para garantir que eles tenham todas as oportunidades que merecem. Quero agradecer ao meu programa, o Bandier, porque eles me apoiam todos os dias e de muitas maneiras. Amo os alunos do programa Bandier na Universidade de Syracuse e, principalmente, a Michael Keenan e Melanie Martinez, eu realmente quero agradecer a vocês dois.
Melanie: Claro.
Bill Werde: Os quais foram tão incríveis. Foi realmente inspirador para mim e muito obrigado por dedicarem o seu tempo.
Melanie: Claro.
Michael: Obrigado, e a você também.
Melanie: Sim, estamos muito mesmo. Como já dissemos, essa é uma grande oportunidade, porque podemos retribuir de alguma forma, dando informações sobre o que nos ajudou a chegar onde estamos agora, e estamos muito animados por termos feito parte disso. Então, obrigada.
Michael: Sim cara, espero que todos gostaram e aprendam algo novo com tudo isso. E espero compartilhar um pouco mais das minhas sessões no TikTok em breve.
Melanie: Sim.
Bill Werde: Estou muito animado para ver isso, e mal posso esperar pelo EP, não vejo a hora de escutá-lo.
Melanie: Maravilha.
Michael: Muito obrigado, cara.
Bill Werde: Certo, todo mundo, vão conferir “Fire Drill”, tenho certeza de que está bombando em um TikTok perto de você agora, obrigado novamente.
Melanie: Obrigada.
Michael: Tchau, tchau.
Melanie: Tchau.
.
Assista a entrevista completa aqui.
Tradução: David, Chris, Kennedy, Itala, Maria Clara.
Revisão: Chris, Ronni, Isa.
Finalização: Isa.
Assista a entrevista completa aqui.
Tradução: David, Chris, Kennedy, Itala, Maria Clara.
Revisão: Chris, Ronni, Isa.
Finalização: Isa.
0 Comentários
Deixe sua opinião sobre o artigo, o que você pensa importa muito.
- Proibido qualquer tipo de comentário que direcione ódio em qualquer contexto.