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ENTREVISTA: Melanie Martinez conversa com fãs sortudos para a AMP (TRADUÇÃO)



Tenho que dizer que essa é uma das minhas entrevistas favoritas do ano. Entrevistada por Yesi Ortiz para a AMP 97.1, Melanie teve um papo que instabilizou a linha de sentimentos, passando de momentos divertidos à Melanie se emocionando e chorando com as palavras de um fã que fez seu lado humano ultrapassar qualquer barreira formal dentro de uma entrevista. Emocionada, Melanie expressa seus sentimentos em relação a conexão com as pessoas que compreendem sua arte. A parte onde Melanie se emociona está no nosso canal no youtube LEGENDADO aqui.


"Entrevistadora: Melanie, como você está?

Estou bem e você? Olá a todos.

Entrevistadora: Eu estou bem, fãs digam "oi", sejam bem-vindos.
 

Meu Deus, é tão fofo. Estou amando.

Entrevistadora: É algo que você nunca fez antes?

Eu ainda não tinha feito.

Entrevistadora: Sério? Então os seus fãs conseguiram algo exclusivo! Isso é incrível.

Sim, de fato é incrível.

Entrevistadora: Muito obrigada por você ter aceitado fazer parte disso. Porque eu sei que tem artistas que algumas vezes ficam tipo, “Sei não, hein.”, me entende? Então é isso, muito obrigada.

Sim. Ao meu ver, esse tipo de coisa são as mais legais, porque gosto de ter conversas genuínas com as pessoas e esse está sendo o melhor jeito para fazer isso.

Entrevistadora: Sim.

É legal.

Entrevistadora: Eu sei que todos vocês estão ansiosos, porque irão ter a oportunidade de fazer uma pergunta pra Melanie e vamos poder ver você se apresentar.

Legal.

Entrevistadora: Então acredito que podemos já começar, se estiver tudo bem pra você.

Sim, podem começar.

Entrevistadora: Legal. Então, eu sou a Yesi Ortiz estou falando da rádio de Los Angeles, AMP 97.1, onde tocamos os novos hits, estamos aqui com a Melanie Martinez através de uma chamada de vídeo pelo Zoom.

Oi, olá.

Entrevistadora: Na nossa conversa também temos participando, alguns fãs bem “V.I.P’s”, bem importantes, o que é incrível. Melanie, estamos vivendo em um mundo bem estranho, não acha?

Sim.

Entrevistadora: É como se, tipo, você é uma artista que está bombando e não podemos te ver se apresentando no Paladium aqui em Los Angeles, porque tudo está fechado, mas acho que poder vivenciar essa conversa aqui é muito legal.

Sim, com toda certeza. É muito bom o fato de termos a tecnologia para entrarmos em contato com aqueles que nós amamos e gente nova também. É ótimo, é bom ter a tecnologia.

Entrevistadora: Sim. E como você vem lidando com o COVID? Sei que muita gente tem tirado o seu tempo para limpar a casa, e estou aqui tipo “Menina, se eu tiver que lavar mais uma louça...”

Sim, venho tentando me desacumular, pensando no que de fato é importante pra mim, sabe? Quanto mais tempo você passa dentro de casa, até com as pessoas que você se cerca, você acaba sacando o que e quem realmente é importante pra você, tipo, você não precisa de certas coisas, então eu venho tentando me desapegar dessas coisas que não estão beneficiando o meu bem estar, estou tentando evoluir e me curar também.

Entrevistadora: Sim. Isso tudo meio que tem nos forçados a levar as coisas com mais calma, sabe?

Pois é.

Entrevistadora: Sentar e passar um tempo com nós mesmos, e com nossos pensamentos.

Com toda certeza.

Entrevistadora: E também passar um tempo com a nossa família e ter conversas que normalmente nós não teríamos tirado um tempo para fazer acontecer.

Sim, com toda certeza, eu vejo que é de muita importância, porque é a hora perfeita pra isso, termos uma conversa confortável com nossas famílias, tem muitas coisas no mundo que precisam ser arrumadas e temos que ter certeza que somos a melhor versão de nós mesmos,



para crescermos internamente, ajudar os outros, inspirar as outras pessoas a também fazerem isso, trabalharem duro também.

Entrevistadora: Você mencionou que tem muita coisa acontecendo com o mundo neste momento e que nós temos que falar sobre, eu sei que você tem usado a sua plataforma para falar sobre essas coisas também, com temas recentes, além de ter que lidar com a sua ansiedade. Como você lida com isso? Porque às vezes ir para o estúdio ou sair para fora era a sua válvula de escape. O que você descobriu agora que está ficando em casa, que te permite liberar esse estresse e essa energia?

Eu acredito que seja com a arte, pintura e compor músicas. Pra falar a verdade, parei de compor músicas com o meu violão, há um bom tempo, e sei lá, meio que voltei a fazer isso, passando um tempo com os meus pensamentos e me expressando de um jeito mais natural assim e coisas desse tipo. Então, isso vem me divertindo, mas de fato acho que criar é o único jeito que faz eu parar para lidar com qualquer tipo de emoção que eu esteja sentindo.

Entrevistadora: Nós vamos escutar alguma música mais acústica nesse novo EP que você irá lançar em breve?

Mais ou menos, tipo, tem algumas partes que tem um soar de violão, mas na maior parte do tempo o cenário que começo a compor uma música só no violão, e depois de um tempo, começo a trabalhar nela com o Mikey, Michael Keenan, ele é o cara com quem trabalho, ele produz a minha música. E então nos sentamos e tentamos expandir o que essa música de fato é, então são sei, talvez no futuro vocês escutem uma música que seja somente eu e o meu violão, ou algo desse tipo. Mas agora eu estou mais focada em compor e depois trabalhar na produção. É isso.

Entrevistadora: Entendo, é que o violão tem um toque tão lindo, especialmente com o seu tipo de som e a sua vibe, então eu vou ficar esperando, esperançosamente, algo desse tipo vindo de você.

Eu também.

Entrevistadora: Meus parabéns pelo sucesso do seu álbum passado, “Play Date” está tocando nas rádios, você também acabou de lançar o seu single, “Fire Drill”, não faz muito tempo. E eu também já mencionei o seu EP, o “After School”, já está quase pronto? Vai se chamar “After School” mesmo, né?

Sim! Se chama "After School", um EP de sete músicas. Estou trabalhando na produção agora, então muitas das músicas estão prontas, mas tem algumas pequenas coisas que quero mudar, tipo, eu troquei a intro de uma música e coloquei instrumentos diferentes, porque não gostava da maneira que os outros soavam. Tem algumas coisinhas em que eu estou sendo perfeccionista...

Entrevistadora: Deve ser complicado.

... Então fico tentando relaxar e deixar as coisas como elas estão e não exagerar tanto. Eu muito animada pra lançar as músicas, porque são definitivamente muito diferentes de qualquer coisa que eu já fiz antes. Então estou animada para saber...

Entrevistadora: Sério?

...o que as pessoas vão achar, como vão reagir.

Entrevistadora: Qual a diferença? Quero dizer, além do som, obviamente novas músicas significam um novo som e tal.

Sim, acho que em questão de composição está muito mais pessoal, sabe? Por exemplo, tenho uma música que escrevi há anos atrás sobre um término, e mais algumas coisas diferentes, mais pessoais e menos sobre o Cry Baby e a personagem, mais sobre mim, pelo que estou passando, quem sou eu como pessoa, o que eu lido como artista e com a indústria do entretenimento, sabe? Esses tipos de assuntos.

Entrevistadora: Eu acho que quando você produz esse estilo de música, existe uma vulnerabilidade tão presente, existe tanta força nela.

Sim.

Entrevistadora: E eu sei que você fica nervosa, ainda mais com o público, "O que eles vão achar disso?".

Exatamente, fico bem nervosa com isso.

Entrevistadora: Sim, mas sabe de uma coisa? Eu garanto a você que vai ser consumido, você é sua maior crítica.

É verdade, realmente acredito nisso, é assim para todo mundo. Toda vez que escuto alguém me perguntando "Como você ganha confiança pra lançar músicas? Eu adoro criá-las, porém não tenho confiança pra divulgar". Acredito que todos nós temos isso, nosso próprio senso crítico que fica dizendo "Não está bom o suficiente, pode ficar melhor." ou enfim, no entanto, acho importante deixar as coisas acontecerem naturalmente e se você sentir-se apaixonado nisso, então lance, sabe?

Entrevistadora: Entendo, até mesmo quando estou na rádio, saber que as pessoas estarão ouvindo, você fica meio tipo "ai, okay.".

Sim, nem consigo imaginar.

Entrevistadora: Pois é, aí é que tá, artistas musicais, vocês estão sujeitos ao mundo inteiro, já aqui estou só em Los Angeles.

São coisas muito diferentes mesmo. Quando você está compondo, está expressando-se naquele momento, é quase como um momentinho único. 

A rádio é tão mais assustadora para mim, não sei como você consegue.

Entrevistadora: Ai menina, pois eu aqui na sala da minha casa, então super de boa. Estou na sala com meus dois cachorros que ajudam a me acalmar quando tô meio estressada. Algumas vezes umas notícias me dão dor de cabeça, então fico muito feliz que meus bichinhos estão aqui, porque é como terapia para mim, sabe? Poder ir lá fora um pouquinho. E sei que todos nós lidamos com coisas do tipo nos nossos próprios rumos, e você ser capaz de fazer sua música, de encontrar paz, de certa maneira, é admirável conseguir se encontrar em algo, acho que deveríamos todos ser capazes de nos encontrarmos dessa maneira.

Definitivamente. Quaisquer hobbies que vocês tenham, continuem fazendo, se curtem fazer arte invistam no seu talento, em fazer o que amam, é muito importante.

Entrevistadora: Com certeza. Então, eu sei que a gente tem uma performance especial vindo aí, só um pouco de calma pessoal. E gostaria de abrir espaço para perguntas de todos que estejam aqui, e ainda, agradecer a vocês por escutarem e virem participar, muito, muito obrigada. Ter a chance de trocar ideia com a Melanie é tão irado, a gente logo chega em Play Date. Então... Vamos começar com... Aí, eu vou errar o seu nome, espero que não erre, Sangeeta? Opa, acho que você está mutada, você deve ter se mutado.

Sangeeta: Você não errou na verdade, foi perfeita.

Entrevistadora: Ai, que bom! Então eu te quero começando com suas perguntas já que você está aparecendo na minha tela, nenhuma ordem em especial, só mesmo porque está aparecendo pra mim.

Sangueeta: Certo, eu... meu Deus, vim sendo uma grande fã sua, Melanie, desde que estava no The Voice e... Minha pergunta é quais são seus planos para o futuro, se essa pandemia acabar, o que você espera de 2021? O que você se vê fazendo ou participando?

É uma pergunta para todos nós, né? Não sei, quero entrar em turnê de novo, realmente quero muito voltar. Ter que cancelar a turnê me deixou muito triste, porque eu queria continuar, sabe? Estamos ajustando as coisas, mal podemos esperar para voltar, estamos confiantes, mal podíamos esperar pelo verão, mas aí veio o corona e agora isso, que já nem sei exatamente o que está acontecendo, mas espero que no próximo ano os artistas possam voltar às suas turnês, eu também voltarei.

Sangeeta Mandal: Certo.

Além disso, estou trabalhando em outras coisas agora, como o meu segundo perfume para o álbum K-12, e trabalhando no EP, que vai sair antes que as pessoas esperam, está nas mãos da gravadora definir as datas de lançamentos, para mim é difícil porque queria gritar que vai sair mês que vem, mas de verdade, eu não sei mesmo... só estou fazendo minha música, tenho prazos a cumprir, até lá a gente vai planejando a data de lançamento. Estou tentando trabalhar... venho desenhando muito, para fazer design de roupas e tal.

Entrevistadora: Que bacana.

E trabalhando numa marca de roupas, ou algo assim para o futuro.

Entrevistadora: Você faria artes para expor fisicamente ou algo parecido?

É uma boa ideia.

Sangeeta Mandal: Sim, uma galeria ou algo do tipo.

Eu não sou uma grande desenhista...

Entrevistadora: Acho que não é verdade. (Risos).

mas eu gosto de desenhar e tal, só estou deixando fluir essa coisa de desenhar roupas.

Entrevistadora: Levantem as mãos quem não acredita que ela não é uma boa desenhista. (Risos)



[Todos levantam a mão]

(Risos) Ah, gente, vocês são uns fofos. Mas falando sério essa parte da arte visual, já é uma área diferente para mim, tem muita gente talentosa nesse ramo.

Entrevistadora: Nunca se sabe. Sangeeta, obrigada por sua sua pergunta.

Sangeeta: Obrigada, Yesi.

Entrevistadora: Agora vamos à Makayla. Você tem que ativar o microfone. Pronto, aí está.

Makayla: Oi, desculpa.

Entrevistadora: Tá tudo bem, sem problemas.

Makayla: Estou tão nervosa. Como você está, Mel? Tenho mais perguntas, mas antes quero saber como está.

(Risos) Estou bem e você?

Makayla: Estou bem nervosa.

Eu também.

Entrevistadora: Tá tudo bem em se sentir assim.

Sim, não tem problema algum. Só temos que tentar deixar o nervosismo pra lá.

Makayla: Eu nem sei o que perguntar, tenho tantas perguntas, mas... Eu amo seus cachorros. Como estão Mouse e Peanut?

Estão ótimos. Agora mesmo estão passeando, meu(minha) amigo(a) os levou para passear. Eles têm muita energia, muita mesmo.

Makayla: Oh meu Deus, imagino.

Eles são incríveis.

Entrevistadora: Quantos você tem?

Dois.

Entrevistadora: Que legal. Essa que foi sua pergunta, Makayla?

Makayla: Sim, vamos considerar essa sendo a minha pergunta, não consegui pensar em mais nada (risos).

Tudo bem.

Entrevistadora: Certo, a Ollie é a próxima na minha tela.

Ollie: Oi.

Olá.

Ollie: Nem sei por onde começar. Primeiro de tudo você me inspira muito, queria dizer isso. Também fiz um desenho, achei que iria gostar.




Awnt. Que fofo.

Entrevistadora: Amei.

Ollie: A pergunta que planejei é: Em fire Drill, você mostra o quão difícil é se encaixar e tal, como você pega esses sentimentos negativos e as torna uma energia positiva?

Ter uma forma de expressão é muito importante para mim, sempre que me sinto mal, começo a escrever poesias, pintar, aprender a tocar guitarra, na maioria das vezes tento me distrair do que estou sentindo, é uma forma saudável de expressar emoções. E deixar meu propósito na vida, minha paixão, fluir. Foque toda sua energia a fazer tudo que ama, aqueles sentimentos que não consegue expressar de outra forma. Fica tudo preso dentro da gente a ponto de se manifestar fisicamente como lágrimas, ansiedade ou depressão, por isso é importante ter um escape.

Entrevistadora: Obrigada pela pergunta, Ollie, e pelo desenho também.

Verdade. Foi muito fofo.

Entrevistadora: Antes de passarmos para a próxima pergunta: Você já fez algum tipo de competição entre seus fãs com a arte deles?

Não... talvez no passado, mas recentemente não.

Entrevistadora: O desenho me deu ideias.

As artes feitas por fãs são incríveis.

Entrevistadora: Anica, como você está? Desculpe, eu espero ter acertado o seu nome. 

Anica: Sim, está correto.

Entrevistadora: Legal. 

Anica: Eu vou deixar minha irmã fazer uma pergunta, ela tem uma pergunta para você, Melanie.

Tudo bem.

Ayleen: Oi, Melanie, eu te amo muito, sua música me faz feliz. 

Entrevistadora: Qual é o seu nome? 

AyleenAyleen.

Muito prazer em te conhecer.

Ayleen: Eu quero te perguntar: qual foi a sua música preferida para escrever?

Eu acho que muda; quando escrevo uma nova música, ela vira a minha favorita, então realmente não posso te dizer o nome, porque não posso revelar o nome da faixa, mas tem uma música no EP que vou lançar, mais de uma na verdade, mas tem uma em particular que é a minha música favorita de ter escrito, pela letra, não sei bem porque gosto tanto, mas é ela, eu não posso te dizer o nome, mas é a faixa... [Ela começa a contar no dedos, e tentar lembrar qual faixa se trata (fofa)] deixe-me ver... é a terceira faixa, eu acho, então prestem bem atenção nessa.

Entrevistadora: Você conseguiu uma exclusiva (risos). Certo, Anica você não quer fazer perguntas? Ou sua irmã? 

Anica: Na verdade eu tenho uma pergunta.

Entrevistadora: Elas anotaram num papelzinho. 

Anica: Nós somos muito preparadas. 

Entrevistadora: Ótimo.

Anica: Qual seu vídeo favorito de gravar?

Provavelmente o filme, porque foram trinta e um dias gravando, e dois meses de pré-produção, então foi a maior e mais intensa experiência que já tive gravando qualquer vídeo, então definitivamente o filme.

Entrevistadora: Certo. Felix?

Felix: Olá.

Entrevistadora Oi.

Olá.

Felix: Primeiramente eu só queria dizer que, Melanie, você significa muito para mim e eu sinto que cresci com você, desde 2015, eu venho te acompanhando, indo nos seus shows e tudo mais. 

Você realmente me inspira a crescer como pessoa, vejo você crescer e ficando confiante ao longo dos anos, a gente nota o seu esforço pelo quando performa e tal, é muito inspirador para mim. Tudo relacionado a sua arte é incrível. Te amo tanto.


[Melanie começa a chorar]


Também te amo. Muito obrigada mesmo, que lindo.


Felix: Eu vou chorar.


Entrevistadora: Estão fazendo eu querer chorar. Vou começar a chorar. Está saindo lágrimas.


Sério, muito obrigada, eu sinto uma intensa conexão com as pessoas que escutam a minha música, porque você se expressa e espera que alguém possa ouvir, sentir e entender você, ainda mais quando crescemos não sendo compreendidos... E sentindo muitas pessoas sofrendo bullying por fazer coisas que deveriam fazer eles se sentirem orgulhosos, que os tornam únicos e os seres humanos que são. Eu sou muito grata que as pessoas se conectem com a minha música assim [Voz falha pelo choro] e muito obrigada, eu não tenho outras palavras para dizer, obrigada. Obrigada mesmo.





[Melanie com o rosto molhado pelas lágrimas, usa as mãos para secá-las. (Não esqueça: No nosso canal, temos esse trecho legendado. Assista aqui depois de finalizar a leitura)].

Felix: Eu te amo, a minha pergunta é, você mencionou que o After School teria uma perspectiva mais pessoal, e você meio que se afasta da Cry Baby, é algo que podemos esperar para o seu próximo álbum/filme?

Então, o EP é meio que mais pessoal, mas é tipo um intervalo entre meu filme e outras coisas que estou fazendo, então o K-12 é uma segunda parte do Cry Baby e haverá uma terceira parte que vai continuar tudo. Todos os meus álbuns estão conectados, mas se algum dia eu lançar um EP, como estou fazendo com o After School é como liberar um tipo de emoção pessoal que eu preciso liberar, por questões... de... qual a palavra? [Risos] Questões de terapia, algo assim. Lançar músicas é como terapia, é nessa vibe, menos sobre a história da Cry Baby, nem sei se fez algum sentido.

Felix: Que legal, acho muito importante.


Obrigada.

Entrevistadora: Obrigada, Felix. Beleza, então agora vamos falar com o Jorge.

Jorge: Olá.

Entrevistadora: O Jorge está com o seu fone de escritório.

Sim.

Jorge: Sim, eu estava em uma reunião. Melanie é muito bom te conhecer.

É muito bom te conhecer também.

Jorge: Eu me apaixonei pela sua música através da minha filha, Ollie, a qual você acabou de conversar.

Isso é muito legal.

Jorge: Sabe, no começo eu estava com o pé atrás, até que escutei com o coração e mente abertos e disse "Vamos lá." Então me apaixonei pelo seu álbum "K-12"...

Muito obrigada.

E pelo filme também, mas o que realmente me chamou a atenção foi as suas expressões, porque elas aparentam ser bem genuínas, você dá voz a aqueles que geralmente são desclassificados, sentem deixados de lado ou que sofrem bullying, você realmente se comunica com essa margem de pessoas e eu amo muito isso, todos nós podemos fazer parte dessa margem, de um jeito ou de outro.

Com toda certeza.

Jorge: E isso significa tanto. Trabalho com a organização "Boys & Girls Club", eu faço o relatório deles aqui em Los Angeles, apoio todos os tipos de crianças que estão se sentindo assim, então a minha pergunta se relaciona a isso: Como você, nesses tempos loucos que estamos, que também é um tempo de transformação para o mundo...

Sim.

Jorge: Estamos passando por tempos de exploração e crescimento, são tempos para nos entendermos, e nos unirmos como humanos, para que conquistemos mudanças de verdade.

É mesmo.

Jorge: Você é uma defensora nesses assuntos, você é uma voz para eles, então como você irá continuar levando o que está acontecendo agora? Vai continuar a ser uma porta-voz para aqueles que sofrem de injustiça social, as pessoas que sentem como se estivessem tendo suas vantagens tiradas, ainda mais agora que os pais podem estar desempregados ou não podem voltar as aulas, então eles se sentem sozinhos, dentre outro desafios da vida. Como você irá continuar a falar pelas pessoas que estão nessa situação?

Bom, eu acho que esse sempre foi o meu foco principal com a música, desde que comecei com quatorze anos expandir o que eu achava que contar uma história e compor uma música era. Não se trata somente das minhas experiências pessoais e é por isso que criei a personagem Cry Baby em primeiro lugar, era esse jeito que eu podia contar diferentes histórias, as quais inúmeras outras pessoas estão tendo que lidar e para eles é a vida real, ter que lidar com isso é a realidade; ter uma música para eles se sentirem conectados pode servir como uma forma de terapia, porque a música pode curar. Todas as vezes na minha vida que venci desafios sempre foi ouvindo músicas que me curam, sempre foi através da arte, de ouvir música e ter isso como algo que podia me ajudar. Esse é o meu objetivo principal como artista, meu objetivo número um, é uma promessa minha, sempre colocar esse foco na minha música, é tudo que me importo, é a única coisa que me faz continuar, eu quero ajudar eles de algum jeito e é através das minhas músicas que vou continuar a expandir as histórias, expandir os personagens e as diferentes experiências que as pessoas passam, para que outros possam se identificarem. Então, espero que tenha respondido sua pergunta.

Jorge: Respondeu sim, é muito inspirador, muito obrigada.

Obrigada, você.

Entrevistadora: Uau, sinto que essa conversa foi muito terapêutica para todos nós.

Né? Estou tendo uma libertação emocional.

Entrevistadora: Sinto como se estivéssemos cantando Kumbaya. Não é loucura? O fato de estarmos conseguindo fazer isso através desse mundo digital?

Mas é justamente o que torna interessante, porque nunca tenho tempo pra ter uma conversa íntima com as pessoas, sabe?

Entrevistadora: Sim.

Então, é muito bom, muito obrigada pela oportunidade.

Entrevistadora: Eu estou amando. Eu que agradeço a você, a seu empresário e toda a sua equipe, por ter tornado tudo isso possível para todos nós."

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Assista a entrevista completa aqui.


Assista o trecho de Melanie chorando legendado pela nossa equipe aqui.


Tradução: Kenny, Itala, Chris, Eduardo e Isa.

Revisão: Isa e Kenny.


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